Novas tendências na expansão dos monocultivos industriais de árvores na América Latina

Documento informativo do Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM)

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Desde os anos 1960, está em curso o maior ciclo de expansão de monocultivos industriais de árvores na América Latina. Com incentivos de governos e bancos nacionais e internacionais, a área de plantações de eucalipto e pinus na América Latina duplicou em tamanho nas últimas três décadas, a partir da ação de empresas nacionais e transnacionais no Brasil, no Uruguai, na Argentina, no Chile e no Peru, mas também em países como a Venezuela e o Equador. O objetivo principal tem sido produzir madeira para celulose. Em vários países, fábricas de celulose também foram implementadas. Em função das terras e da mão de obra baratas, e de uma produtividade por hectare relativamente alta, a América Latina talvez tenha sido o continente onde o grande capital conseguiu obter mais lucros com a produção de celulose para abastecer os mercados de maior consumo de papel na América do Norte, na Europa e na Ásia.

O Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM), que, a partir de 1996, instalou sua sede na América Latina, vem, desde então, acompanhando de perto esse processo de expansão das plantações e tem documentado seus impactos nocivos sobre comunidades locais e seus territórios. Em 2003, junto com organizações de vários países da América Latina, criou a Rede LatinoAmericana de Luta contra os Monocultivos de Árvores (RECOMA).

Recentemente, detectamos várias novas tendências no processo de expansão das plantações de árvores na América Latina, sobre as quais publicamos artigos no nosso boletim mensal eletrônico nestes últimos anos. Para divulgar e disseminar informações de algumas das principais
tendências, mas de uma forma mais organizada, decidimos fazer esta publicação com uma seleção de artigos dos últimos três anos.