Este boletim procura alertar para as estratégias adotadas por quem se impõe nos territórios promovendo o “desenvolvimento" cada vez mais em aliança com o capital financeiro, considerado aliado e reforçado com recursos públicos.
Bancos de desenvolvimento: financiando a pobreza e a exploração | Boletim 252 - Set/Out 2020
Bancos de desenvolvimento: financiando a pobreza e a exploração
Faça o download do boletim em PDF
Este Boletim tem artigos escritos por as seguintes organizações e indivíduos: ativistas do Brasil, Gabão, Índia, México e Moçambique; GRAIN; O Oakland Institute, EUA; RIAO-RDC, República Democrática do Congo; A Rede Latino-americana de Mulheres Defensoras dos Direitos Sociais e Ambientais; e membros do Secretariado Internacional do WRM.
Boletim WRM
252
Set/Out 2020
NOSSO PONTO DE VISTA
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO: FINANCIANDO A POBREZA E A EXPLORAÇÃO
-
17 Novembro 2020O WRM conversou com aliados próximos, oriundos de Brasil, Gabão, Índia, México e Moçambique para ouvir e aprender sobre suas visões de desenvolvimento.
-
17 Novembro 2020Por que os governos pós-coloniais da África não desmantelaram o modelo colonial de plantações para exploração e extração? Uma peça importante pode ser encontrada nos arquivos do Banco Mundial.
-
17 Novembro 2020A narrativa do desenvolvimento continua sendo ressuscitada, apesar de seu papel no estímulo à crise atual e na destruição dos meios de subsistência de milhões de pessoas, que acabaram expulsas de suas terras e empobrecidas.
-
17 Novembro 2020Como o REDD+ se encaixa na agenda de desenvolvimento da Indonésia? Que atores estão envolvidos na promoção desse mecanismo e quais são seus interesses? (Disponível em indonésio).
-
17 Novembro 2020Na República Democrática do Congo, os bancos europeus de desenvolvimento financiaram uma empresa de plantações cuja base é a injustiça e a violência. Quando a empresa faliu, em 2020, eles optaram por manter o modelo brutal das plantações e, portanto, continuam sendo cúmplices da violência.
-
17 Novembro 2020Em junho de 2019, um relatório do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do WWF Quênia apelou às agências de financiamento do desenvolvimento, principalmente europeias, e ao Banco Mundial, para que contribuíssem com um novo Fundo voltado a financiar 100.000 hectares de (novas) plantações industriais de árvores, para apoiar o desenvolvimento potencial de 500.000 hectares, na África Oriental e Austral.
-
17 Novembro 2020Sobre como a chamada cooperação para o desenvolvimento oculta e legitima uma agenda de expropriação e expansão capitalista. Sobre como essa mal chamada cooperação, na verdade, coopta a agenda política dos movimentos ao canalizar e priorizar discussões, interesses e práticas alheias e impostas de fora.
RECOMENDADOS
-
17 Novembro 2020O discurso do desenvolvimento está enredado a um conjunto de conceitos. É impossível falar sobre desenvolvimento sem pensar em outras ideias, como pobreza ou crescimento. Mas, por se tratar de um discurso fortemente ligado à grande maioria das políticas econômicas e outras que intervêm nos territórios – como se tenta refletir em muitos dos artigos deste boletim –, ele também se enreda a outros conceitos, como racismo, direitos e alternativas. É por essa razão que chamamos a sua atenção para boletins anteriores, que podem ajudar a desenredar alguns desses conceitos. Esperamos que sejam úteis!
-
17 Novembro 2020Um abaixo-assinado denuncia os bancos públicos de desenvolvimento por financiar empresas e projetos privados com forte impacto sobre as comunidades, sua soberania alimentar e seus territórios. De 9 a 12 de novembro de 2020, 450 instituições financeiras se reuniram para a primeira cúpula internacional de bancos públicos de desenvolvimento, batizada de “Finanças em Comum” e organizada pelo governo francês. Juntas, essas instituições gastam 2 trilhões de dólares por ano nos chamados projetos de desenvolvimento (estradas, usinas de geração de energia, plantações do agronegócio e muito mais), alegando que esses projetos empresariais impulsionam o crescimento e geram empregos.
-
17 Novembro 2020A entidade argentina Productores Independientes de Piray se organizou para frear a monocultura do pinus e a empresa Alto Paraná, adquirida em 1996 pela multinacional de celulose Arauco. As agricultoras e os agricultores resistiram e conseguiram algo raramente visto: a expropriação das terras da multinacional. Elas e eles também produzem alimentos para a soberania alimentar. Leia a nota na Tierra Viva, a nova agência de notícias do setor camponês e indígena da Argentina (em espanhol).
-
17 Novembro 2020O último boletim relacionado à pandemia global da organização Focus on the Global South reúne sete artigos que colocam a questão de como – e se – podem surgir transformações econômicas estratégicas neste contexto da pandemia. Leia, em inglês, aqui.
-
17 Novembro 2020Integrantes do Movimento por um Uruguai Sustentável (Movus) denunciam na Justiça que a empresa de celulose UPM não cumpriu as condições ambientais que permitiram a instalação de sua nova fábrica de celulose no departamento de Durazno, Uruguay. Exigem a suspensão das obras em andamento enquanto esses requisitos não forem totalmente atendidos.
-
17 Novembro 2020Este livro de 1992, organizado por Wolfgang Sachs, reúne mais de 15 conceitos fundamentais que serviram de base e meio de expansão para o discurso destrutivo sobre “desenvolvimento”. Cada um dos conceitos analisados cristaliza um conjunto de pressupostos que reforçam a visão ocidental do mundo, onde certos aspectos e temas da realidade são destacados enquanto outros são excluídos. Uma reflexão necessária que permanece em vigor até hoje. Leia em inglês e espanhol.