Biomassa
A biomassa lenhosa é comercializada como energia limpa, mas é outra falsa solução para a crise climática. Não se trata apenas do carbono que é liberado quando se queimam as árvores. Mais do que disso, a demanda por carvão vegetal para usos industriais, e por aparas e pellets de madeira para aquecimento ou produção de eletricidade, está impulsionando a expansão de grandes plantações de monoculturas de árvores, principalmente no Sul Global.
A Suzano esteve presente nas negociações climáticas da ONU de 2021 por um motivo principal: promover as plantações de árvores como uma “solução” para as mudanças climáticas, com o nome de “soluções baseadas na natureza”. A empresa busca lucrar cada vez mais com as chamadas políticas climáticas.
A balsa é um importante insumo para os moinhos de vento, e o Equador é o maior exportador mundial dessa madeira. A invasão da China, da Europa e dos Estados Unidos por milhões de aerogeradores implica a derrubada de uma grande quantidade de árvores de balsa.
Mais de 500 especialistas conclamam as nações do mundo a não queimar florestas para produzir energia
A grilagem de terras no Brasil é um exemplo claro de crime organizado, de roubo de terras das mãos dos pequenos agricultores.
Em junho de 2019, um relatório do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do WWF Quênia apelou às agências de financiamento do desenvolvimento, principalmente europeias, e ao Banco Mundial, para que contribuíssem com um novo Fundo voltado a financiar 100.000 hectares de (novas) plantações industriais de árvores, para apoiar o desenvolvimento potencial de 500.000 hectares, na África Oriental e Austral.
Várias das plantações da Sappi em torno da fábrica Ngodwana foram convertidas sem autorização, de pinus em eucaliptos. Dados obtidos ao longo de mais de 75 anos demonstram que o eucalipto consome de 30% a 50% mais de água que o pinus.
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