Mercantilização da natureza
A atribuição de preços a partes da natureza tem uma longa história. A perda florestal em grande escala e a violação dos direitos das comunidades foram consequências dessa secular corrida empresarial por madeiras e terras valorizadas. Os chamados “serviços ecossistêmicos”, como o papel das florestas nos ecossistemas, são uma nova forma de monetizar e comercializar a natureza. O resultado é mais espoliação de comunidades que dependem da floresta e destruição contínua de seus territórios por parte de empresas.
A narrativa do desenvolvimento continua sendo ressuscitada, apesar de seu papel no estímulo à crise atual e na destruição dos meios de subsistência de milhões de pessoas, que acabaram expulsas de suas terras e empobrecidas.
O governo alega que a pequena agricultura é responsável pelo desmatamento, mas essa declaração ignora as políticas do próprio governo para promover mudanças no uso da terra, os mercados destrutivos e a exclusão dos povos indígenas com a criação de reservas.