Apoie e assine o requerimento de comunidades quilombolas do Extremo Sul da Bahia, Brasil, pela imediata paralisação de uma obra destrutiva e ilegal da Suzano Papel e Celulose nos seus territórios.
A Suzano, maior empresa de plantações de eucalipto do Brasil e uma das maiores indústrias de celulose e papel do mundo, continua com suas ações violentas e destrutivas nos territórios das comunidades quilombolas, camponesas e indígenas.
Neste momento, oito comunidades quilombolas do estado da Bahia, Brasil, que há anos têm seus territórios invadidos pelas plantações de eucalipto da Suzano, pedem socorro. Pedimos que apoiem a demanda urgente por parte destas comunidades às autoridades brasileiras para que tomem providências para paralisar imediatamente a destruição ilegal em curso da mata atlântica e de caminhos tradicionais destas comunidades por parte da empresa Suzano e sua obra para construir uma nova estrada, agravando a destruição e invasão dos territórios dessas comunidades.
Essa violência nas comunidades acontece logo após a Suzano receber um empréstimo de USD 725 milhões do Banco Mundial/IFC, em dezembro de 2022, para construir uma nova fábrica de celulose no Brasil. Isso ocorreu apesar dos protestos contrários a essa decisão por parte de inúmeras organizações brasileiras e internacionais. Elas denunciaram os impactos devastadores do modelo de produção do monocultivo de eucalipto para papel e celulose, promovido pela Suzano no Brasil.
APOIE o requerimento das comunidades quilombolas para imediata paralisação da obra assinando aqui.
Resumo do requerimento:
Ao Ministério Público Federal e Defensoria Pública em Teixeira de Freitas (BA)
Através deste requerimento, nós, comunidades quilombolas de Volta Miúda, Rio do Sul, Helvécia, Naiá, Mutum, Cândido Mariano, Vila Juazeiro e Mota, vimos denunciar e pedir providências contra a destruição causada por uma obra de infraestrutura por parte da empresa Suzano Papel e celulose dentro dos nossos territórios no Extremo Sul do estado da Bahia.
Trata-se, mais precisamente, de uma nova estrada, que está sendo construída para o uso exclusivo da Suzano e que está destruindo nossos territórios, em especial destruindo vegetação nativa e solos da Mata Atlântica, bem como colocando mananciais em risco.
Além disso, a nova estrada está sendo construída sobre caminhos tradicionais que sempre utilizamos. A obra já destruiu completamente uma ponte antiga, patrimônio histórico das comunidades. Isso tem impossibilitado o acesso dos moradores a suas áreas de cultivo, essenciais para sua sobrevivência.
Na certeza que nossos direitos estão sendo violados pela não realização da consulta prévia, conforme estabelecido na Convenção 169 da OIT, solicitamos, além da realização urgente desta consulta, a imediata paralisação da obra ilegal da empresa Suzano.