Créditos de carbono de Moçambique: receitas baixas, aumento do desmatamento e benefícios limitados para as comunidades

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B272-Mozambique

O Programa de Gestão Integrada da Paisagem da Zambézia (ZILMP), em Moçambique, foi lançado em 2019 para combater as mudanças climáticas e reduzir o desmatamento em nove distritos, de olho em 50 milhões de dólares em receitas oriundas de créditos de carbono até 2024. Nesta publicação, o Centro de Integridade Pública (CIP) mostra que, seis meses antes de seu término, a iniciativa havia atingido apenas 25% das metas de redução de emissões e 14% das de receita, com benefícios mínimos chegando às comunidades locais – cerca de 3% do esperado. Embora seja vital proteger as florestas, o aumento da agricultura de subsistência também reflete a necessidade que as comunidades locais têm de garantir seu sustento. Isso contrasta fortemente com as práticas dos maiores emissores de CO2 do mundo e das empresas multinacionais de petróleo e gás, que continuam emitindo gases de efeito estufa em grande escala enquanto usam créditos de carbono para fazer lavagem verde. Disponível em português e inglês.