Depois que 11 representantes da etnia Bunong, no Camboja, tiveram negados vistos para participar de um processo de denúncia contra a empresa de plantação Bolloré, na França, a audiência foi finalmente adiada para outubro. Em 2015, os camponeses cambojanos do grupo étnico Bunong processaram o grupo Bolloré por destruir vários hectares de floresta para cultivar borracha, privando-os assim dos seus meios de vida e subsistência. Os Bunong, uma comunidade que pratica “uma crença animista baseada na sacralidade das florestas”, também culpam o grupo pela destruição de seus locais de culto e as árvores centenárias consideradas como divindades. O objetivo da audiência foi obrigar a Bolloré e sua subsidiária, “Compagnie du Cambodge”, a apresentar documentos provando que eles exerciam um verdadeiro “poder operativo” sobre as locações de madeira de seringueira. Leia mais sobre a queixa e o caso, (em francês) aqui e aqui.
Camponeses cambojanos contra o grupo Bolloré
Boletím WRM 242
11 Março 2019
Temas: Lutas pelas florestas / Plantações de árvores em grande escala / Óleo de dendê / Luta contra as monoculturas de árvores
Países: Camboja
Línguas:
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