A Veracel se expande no Brasil, com anuência oficial. A recente decisão do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), concedendo Licença Prévia para o processo de ampliação da empresa de celulose Veracel Celulose S.A., ignora a resolução da Justiça Federal de 2008, que anulou a licença ambiental concedida à empresa em 1993. A decisão histórica exigia que a Veracel Celulose (propriedade das empresas Stora Enso e Aracruz) restaurasse a Mata Atlântica em 96.000 hectares de plantações de eucalipto estabelecidas no marco dos projetos Sucupira, Inhaíma II, Inhaíma III, Jacarandá I, Liberdade e Sapucaia, além de pagar uma indenização em dinheiro por danos ambientais e uma multa diária enquanto não cumprisse o disposto (ver o Boletim 132 do WRM).
A empresa recorreu da decisão, o que, somado ao poder econômico que ela tem na região, reduziu o ritmo do processo, sem solução até hoje.
Em uma exposição de motivos, diversas organizações sociais convocam a assinar uma carta (http://wrm.org.uy/paises/Brasil/Carta_Veracel_Suzano_Fibria.html) que pede às autoridades competentes, entre outras coisas, a anulação da licença prévia que permite a ampliação da fábrica de celulose e a expansão de monoculturas de eucalipto no Estado da Bahia e a suspensão das plantações, o redirecionamento dos investimentos do BNDES e de outros bancos nacionais à agricultura familiar e à soberania alimentar, bem como a demarcação e a titulação de terras das comunidades tradicionais indígenas, afrodescendentes e ribeirinhas que sofrem os impactos do agronegócio.
Para assinar a carta, envie uma mensagem a cepedes@cepedes.org.br até o dia 5 de junho