Compensações por perda de biodiversidade
A promessa de compensar a destruição da biodiversidade abre caminho para que as empresas obtenham financiamentos e acesso a terras que, de outra forma, estariam vetadas à destruição em grande escala. As promessas de recriar ou proteger habitats de valor ecológico “equivalente” em outros lugares estão inclusive permitindo que empresas destruam áreas protegidas e locais que são Patrimônio da Humanidade. A compensação da biodiversidade resulta em destruição e exploração duplas, pois as empresas controlam territórios afetados por atividades industriais, bem como aqueles visados para projetos de compensação.
A falsa ideia de que as plantações industriais são uma solução para a crise climática é uma oportunidade de ouro para fundos de investimento como o Arbaro, que usa o escasso financiamento climático para expandir monoculturas destrutivas.
A Cúpula da ONU sobre Apropriação de Terras, em Glasgow, deixou claro, mais uma vez, que esses espaços nunca promoverão as soluções já existentes para a crise climática.
Um Coletivo das Comunidades na província de Nyanga, Gabão, divulgou a Declaração de Bana/Mayumba, na qual pede a suspensão do GRANDE MAYUMBA, um megaprojeto que se vende como uma das chamadas Soluções Baseadas na Natureza.
Suzano, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, busca intensificar suas operações com os chamados ‘títulos verdes’, como forma de financiamento de seus projetos de expansão.
Apelo à sociedade brasileira e aos povos do mundo para que defendam os territórios do capitalismo e seu novo ataque “verde”.
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