Declaração da sociedade civil sobre compensações e créditos de biodiversidade

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Nós, abaixo assinados, manifestamos nossas sérias preocupações com créditos de biodiversidade, compensações e outros mecanismos de comércio semelhantes. Os mercados de biodiversidade estão sendo configurados segundo o modelo dos mercados de carbono, que apresenta falhas graves. Além disso, há problemas e perigos intransponíveis:

Uma resposta errada para a pergunta errada

    • A justificativa para compensações e créditos de biodiversidade é que há uma enorme lacuna entre as verbas necessárias para a proteção da biodiversidade e as que estão disponíveis. Essas compensações e esses créditos se baseiam em um modelo de conservação do tipo fortaleza, implementado de cima para baixo, que é altamente ineficaz, dispendioso, frequentemente envolve abusos de direitos humanos e é a resposta errada à perda de biodiversidade.
    • Em vez disso, devem-se implementar outras formas comprovadas de proteção da biodiversidade, como a demarcação de terras indígenas e a implementação e cumprimento de normas ambientais.
    • Há um déficit na prevenção e na regulamentação de atividades que destroem a biodiversidade, que totalizaram 7 trilhões de dólares em 2023. Reformar e redirecionar subvenções prejudiciais, estimadas em 1,7 trilhão de dólares em 2022, e proporcionar verbas públicas na forma de subsídios são maneiras melhores de lidar com essa lacuna, evitando mecanismos de financiamento arriscados.1
    • Assim como a compensação de carbono atrasa a ambição climática, a compensação de biodiversidade vai apenas retardar ações urgentes para lidar com as causas profundas da perda de biodiversidade.

Compensação e lavagem verde

    • Antes dos novos créditos de biodiversidade com base na terra que agora estão sendo ampliados, os compromissos voluntários cumulativos de remoção de carbono somavam 1.200 milhões de hectares globalmente, quase tanto quanto todas as terras agrícolas.2 Não há mais terra para compensar emissões de carbono ou perda de biodiversidade sem deslocar pessoas e prejudicar os sistemas alimentares.
    • A partir da longa experiência com créditos de carbono, são ingênuas ou falsas as alegações de que os créditos de biodiversidade são “contribuições adicionais” à proteção da biodiversidade e não seriam usados ​​para fins de compensação.3 Se forem comprados sem estes fins, os créditos de biodiversidade provavelmente serão comprados para fins de lavagem verde.

Fracassando em termos de equidade e direitos

    • Os mercados internacionais de biodiversidade podem permitir que as elites, principalmente no Norte Global, continuem destruindo ecossistemas, enquanto compram créditos baratos e abundantes do Sul Global.
    • A compensação de biodiversidade pode criar conflitos sobre direitos de posse e uso de terras, pescarias e florestas, competindo com a agroecologia e a pequena agricultura e prejudicando a soberania alimentar. Isso provavelmente levará a apropriação de terras, deslocamento de comunidades, aumento da desigualdade fundiária4 e abusos de direitos humanos, como acontece com as compensações de carbono.5
    • Povos indígenas, comunidades locais, camponeses e outros pequenos produtores de alimentos, mulheres e jovens, que são os guardiões da maior parte da biodiversidade do planeta, costumam receber apenas uma fração dos lucros dos projetos de compensação situados em suas terras, enquanto os empreendedores responsáveis pelos projetos e seus intermediários financeiros recebem a maior parte. É provável que as comunidades não tenham o mesmo acesso aos recursos gerados pela oferta e pela demanda de mercado.

Perpetuando falhas impulsionadas pelo mercado

    • A mercantilização da natureza por meio da valorização monetária das funções do ecossistema e da criação de mercados de biodiversidade vai fundamentalmente na direção contrária das cosmovisões de muitos povos indígenas e outras comunidades, que entendem a natureza como nossa mãe, e não como uma mercadoria.6
    • As compensações e os créditos de biodiversidade permitem que os mercados privados precifiquem e priorizem as ações nesse campo, diminuindo o papel dos governos na proteção da biodiversidade como um bem público. A proteção baseada no mercado, impulsionada principalmente por aspectos financeiros de curto prazo, não é compatível com o conhecimento científico sobre as necessidades de priorizar espécies e ecossistemas.7
    • Os mecanismos de compensação geralmente dependem da criação de um cenário futuro sobre o que teria acontecido sem o projeto. Esses cenários de “linha de base” provaram ser extremamente fáceis de manipular, resultando em créditos falsos e sem valor.
    • É difícil comprovar a “adicionalidade”, pois não se pode demonstrar que os resultados da conservação não teriam acontecido de outra forma. Obter “permanência”, ou seja, demonstrar que as mudanças positivas durarão ao longo do tempo, é inerentemente impossível. Já o “vazamento”, isto é, a mera transferência dos impactos negativos sobre a biodiversidade para outro lugar, é um risco tangível.
    • Os problemas de adicionalidade, permanência, vazamento e manipulação da linha de base serão muito mais graves e impossíveis de resolver ​​nos mercados de biodiversidade do que nos mercados de carbono, onde já existem.

Metodologias de medição ineficazes

    • Encontrar uma unidade comum para a contabilidade da biodiversidade envolveria uma simplificação grave e excessiva dos valores e do funcionamento do ecossistema. Não é possível simplificar milhões de espécies e sua complexa rede de interdependências em alguns ativos negociáveis.8
    • As propostas para mensurar os ganhos de biodiversidade são baseadas em metodologias ruins, muitas das quais permitem a escolha seletiva de indicadores, ignorando atributos importantes e únicos dos ecossistemas.
    • As diferentes maneiras de viver da, na, com e como a natureza ilustram os desafios de se levarem em conta os valores diversos dos povos, que não são comparáveis ​​nem intercambiáveis.9

Receitas incertas

    • O “investimento” feito por meio dos mercados de biodiversidade será instável e oscilante, levando a variações imprevisíveis de receita para os destinatários e incentivos econômicos instáveis para a conservação.10
    • Nenhuma grande empresa confirmou seu interesse em comprar créditos de biodiversidade. Além disso, elas estão se retirando dos mercados de carbono após as recentes revelações de seus fracassos inerentes. Há motivos de sobra para esperar que o mercado de biodiversidade siga o mesmo caminho.

Má governança e conflitos de interesse

    • Falta regulamentação eficaz, com base em direitos humanos e leis ambientais. Compensações de biodiversidade e mecanismos de crédito que criam violações de direitos humanos ou não atendem aos padrões ambientais mínimos raramente são punidos.
    • O envolvimento central de organizações como a Verra é muito problemático. Elas foram responsáveis ​​pela emissão de centenas de milhões de créditos de carbono fantasmas e não conseguiram evitar abusos dos direitos humanos em projetos auditados de acordo com suas normas.11
    • A experiência com mercados de carbono nos mostrou que há conflito de interesses quando a mesma organização se beneficia financeiramente da emissão de créditos enquanto supervisiona o processo de definição de normas e de validação e verificação por terceiros.

Créditos de biodiversidade e mecanismos de compensação são soluções falsas para um falso problema, e há maneiras muito melhores de aumentar o financiamento para a biodiversidade sem recorrer a esses esquemas arriscados. A compensação de biodiversidade, assim como a compensação de carbono, permite que países ricos, empresas, instituições financeiras e outros atores lucrem com a crise de biodiversidade que eles mesmos criaram e mantenham tudo como está, evitando implementar decisões politicamente difíceis para regular atividades destrutivas internamente, ao mesmo tempo em que criam uma nova classe de ativos para seus setores financeiros.

Chamamos governos, órgãos multilaterais, organizações de conservação e outros atores a interromperem a promoção, o desenvolvimento e o uso de mecanismos de compensação e crédito de biodiversidade. Em vez disso, apelamos a eles para que priorizem mudanças transformadoras no enfrentamento das causas subjacentes da perda de biodiversidade, como promover a regulamentação eficaz de atividades empresariais prejudiciais; reconhecer, respeitar, proteger e promover o direito à terra de povos indígenas, comunidades locais, pequenos produtores de alimentos e mulheres; interromper fluxos financeiros e investimentos que sejam prejudiciais à biodiversidade e aos povos; eliminar subsídios governamentais prejudiciais; mudar os padrões de produção e consumo, principalmente dos ricos; apoiar uma transição justa, incluindo a transformação dos sistemas alimentares em direção à agroecologia; garantir que as verbas fluam de forma direta e justa para povos indígenas, comunidades locais, pequenos produtores de alimentos, mulheres e jovens para abordagens comunitárias; buscar meios eficazes e equitativos de conservação; e tomar medidas imediatas para reduzir gradualmente o fornecimento e o uso de combustíveis fósseis.


SIGNATÁRIOS (em 29 de setembro de 2024) - Veja aqui a lista atualizada de signatários.

Organizações da sociedade civil em todo o mundo

1. A Growing Culture  
2. Association For Promotion Sustainable Development  
3. BankTrack  
4. CIDSE (Coopération internationale pour le développement et la solidarité)  
5. Community And Family Aid Foundation-Ghana  
6. Corporate Accountability  
7. Denkhausbremen  
8. EcoNexus  
9. ECOS  
10. Environmental Investigation Agency  
11. ETC Group  
12. Fern NGO  
13. FIAN International  
14. Friends of the Earth International  
15. Global Forest Coalition  
16. Global Justice Association  
17. Global Justice Ecology Project  
18. Global Youth Biodiversity Network  
19. GRAIN  
20. Green Global Future  
21. Habitat International Coalition- Housing and Land Rights Network  
22. Heinrich Böll Foundation  
23. HEKS/EPER Swiss Church Cooperation  
24. Indigenous Environmental Network  
25. Initiative for Equality (IfE)  
26. INSPIRIT Creatives  
27. International Accountability Project  
28. IUCN CEM Eastern Europe  
29. MOBILIZED NEWS NETWORK 
30. Navdanya International  
31. Profundo  
32. Rainforest Action Network  
33. Rainforest Foundation UK  
34. Rettet den Regenwald  
35. Schola Campesina Aps  
36. Smart Youth Network Initiative  
37. Society for International Development  
38. Survival International  
39. Third World Network  
40. Transnational Institute  
41. Tripla Difesa On lus Guardie Sicurezza Sociale ed Eco Zoofila  
42. Udaan Youth Club  
43. War on Want  
44. What Next?  
45. Women4Biodiversity  
46. Women's Earth and Climate Action Network (WECAN) International  
47. Women's Environment and Development Organization
48. WOMENVAI  
49. World Animal Protection  
50. World Rainforest Movement 

Organizações da sociedade civil a nível regional

51. Action for Climate and Environmental Sustainability ~ ACES  
52. Alianza Biodiversidad en América Latina  
53. Biofuelwatch  
54. Chirapaq/ECMIA  
55. Convergence Globale des Luttespour la Terre, eau et les semences paysannes CGLTE-OA  
56. Corporate Europe Observatory  
57. Earth Thrive  
58. Ecoropa  
59. FIDEPE (Fondation Internationale pour le Développement, l'Éducation, l'Entreprenariat et la
Protection de l'Environnement)  
60. Focus on the Global South  
61. Friends of the Earth Europe  
62. Gritode los Excluidos Continental  
63. Insituto Maíra  
64. Instituto Madeira Vivo  
65. JVE  
66. MAELA  
67. Mouvement d'Action Paysanne  
68. Natural Justice  
69. Ogiek Peoples' Development Program (OPDP)  
70. Pacto Ecosocial e Intercultural del Sur  
71. PAN Asia Pacific  
72. PELUM Association  
73. Pesticide Action Network Asia Pacific  
74. Redde Acción en Plaguicidas, RAP-AL  
75. Redde Cooperación Amazónica REDCAM  
76. Resilient40 (R40) Africa  
77. Southeast Asia Regional Initiatives for Community Empowerment 
78. TAFATAFA  
79. Tamil Nadu Land Rights Federation  
80. Youth Volunteers for Environment Ghana  

Organizações da sociedade civil a nível nacional

81. Aalem for Orphan and Vulnerable Children, Inc.  
82. Abibi Nsroma Foundation  
83. Acción Ecológica  
84. Actions Sans Frontières  
85. ADJMOR  
86. Aksi! for gender, social and ecological justice  
87. Al-Haq  
88. Alliance for Sustainable and Holistic Agriculture (ASHA)  
89. Asociación Nacional de Empresas Comercializadoras de Productores del Campo AC  
90. Association for Farmers Rights Defense, AFRD  
91. Association Nigerienne des Scouts del’Environnement (ANSEN)  
92. Association of Young People for Environmental Protection in Guinea-Bissau  
93. Association pour la Conservation et laProtection des Écosystèmes des Lacs et l'Agriculture
Durable  
94. Association Pour la protection de l’Environnementet le Developpment Durable de Bizerte
(APEDDUB)  
95. Awaz CDS-Pakistan  
96. Awinakola Foundation  
97. Biodiversity Conservation Center  
98. Biowatch South Africa  
99. Broederlijk Delen  
100. Brot für die Welt  
101. Bruno Manser Fonds  
102. Build Peace and Development  
103. CAMBIUM  
104. Censat Agua Viva  
105. Center for Environment/FoE BiH  
106. Center for Peace Education and Community Development  
107. Centre for Citizens Conserving Environment &Management (CECIC)  
108. Centro de estudios Heñói  
109. Centro de Estudios y apoyo al Desarrollo Local  
110. Centro Ecosocial Latinoamericano  
111. Centro Eori de Investigación y Promoción Regional  
112. Centro Interdisciplinario de Investigación y Desarrollo Alternativo U Yich Lu'um  
113. Chandra Jyoti Integrated Rural Development Society (CIRDS) Dhading Nepal  
114. Climate and Community Project  
115. Colectivo por la Autonomía  
116. Collectif pour la défensedesterres malgaches -TANY  
117. Collective Determination  
118. Consumers' Association of Penang  
119. Dejusticia - Centro de Estudios de Derecho, Justicia y Sociedad  
120. DKA Austria - Dreikönigsaktionder Katholischen Jungschar  
121. Don’t gas Indonesia  
122. DUKINGIRE ISI YACU (DIY)  
123. ECOLISE  
124. Ecologistas en Acción 
125. ECORE  
126. Ei polteta tulevaisuutta  
127. Enda Pronat  
128. ESG  
129. Family Farm Defenders  
130. FDCL-Center for Research and Documentation Chile-Latin America  
131. FIAN Belgium  
132. FIAN Brasil  
133. FIAN Deutschland  
134. FIAN Ecuador
135. FIAN India  
136. FIAN Indonesia  
137. FIAN Paraguay  
138. FIAN Sri Lanka  
139. FIAN Switzerland  
140. FIAN UGANDA  
141. FIAN ZAMBIA  
142. FIAN, NEPAL  
143. FOCSIV Italian Federation Christian NGOs  
144. Focus Association for Sustainable Development  
145. Forum Ökologie & Papier  
146. Friends of the Earth Australia  
147. Friends of the Earth Canada  
148. Friends of the Earth England, Wales and Northern Ireland  
149. Friends of the Earth Japan  
150. Friends of the Earth Sri Lanka/CEJ  
151. Friends of the Earth US  
152. Fundación Ambiente y Recursos Naturales (FARN)  
153. Fundación Chile Sustentable  
154. Global Media Foundation LBG  
155. Good Health Community Programmes  
156. Gramya Resource Centre for Women  
157. Grupo Semillas  
158. Hope of Africa (HOFA) Cameroon  
159. Igapo Project  
160. Indigenous Environmental Network  
161. Indigenous Taiwan Self-Determination Alliance  
162. Investigación y Acción Biocultural, Anima Mundi, A.C.  
163. JA! Justica Ambiental/FOE Mozambique  
164. Jamaa Resource Initiatives  
165. JPIC Kalimantan  
166. Just Forests  
167. Justica Ambiental - JA!  
168. Kalpavriksh  
169. KOO - Co-ordination office of the Austrian Bishops’ Conference for international development
and mission  
170. KRuHA - people's coalition for the right to water  
171. Landelijk Netwerk Bossen-en Bomenbescherming  
172. Leefmilieu  
173. Legal Resources Centre  
174. Legal Rights and Natural Resources Center (LRC) 
175. Les Amis de la Terre - Belgique asbl (FoE Belgium)  
176. Les Amis de la Terre-Togo  
177. Lok Shakti Abhiyan  
178. Maryknoll Office for Global Concerns  
179. Masifundise Development Trust  
180. MAUSAM Movement for Advancing Understanding of Sustainability and Mutuality  
181. Milieu defensie  
182. Monteverde Commission for Resilience to Climate Change  
183. Mouvement Ecologique asbl., FoE Luxembourg  
184. Movimiento Independiente Indigena Lenca de la Paz Honduras MILPAH  
185. Naturaleza con Derechos  
186. ÖBV-Via Campesina Austria  
187. OFRANEH  
188. ONG  
189. ONG ACIEDD  
190. ONG ASHAD  
191. Pakistan Fisherfolk Forum  
192. Participatory Research & Action Network -PRAAN  
193. Pastoralists Alliance for Resilience and  Adaptation Across Nations (PARAAN)
194. People's Vigilance Committee on Human Rights (PVCHR)  
195. Persatuan Aktivis Sahabat Alam - KUASA, Malaysia  
196. Persatuan Pemeliharaan dan Pemuliharaan Alam Sekitar Sarawak (PELIHARA)
197. Pertubuhan Pelindung Khazanah Alam Malaysia (PEKA)  
198. PILIER AUX FEMMESVULNERABLESACTIVES - PIFEVA  
199. Pro Natura / Friends of the Earth Switzerland  
200. Protect The Forest  
201. Reacción Climática  
202. ReCommon  
203. Red de Coordinación en Biodiversidad
204. Red Dominicana de Estudios y Empoderamiento Afrodescendiente -Red Afros  
205. Réseau des Jeunes pour le Développement Durable -Madagascar  
206. Réseau Nigerien des Défenseurs des Droits Humains RNDDH  
207. Roots for Equity  
208. RSCDA-IO  
209. Rural Integrated Center For Community Empowerment  
210. RURAL RECONSTRUCTION FOUNDATION (RRF)  
211. Sahabat Alam Malaysia  
212. Salva la Selva  
213. Save Our Rice Campaign Network  
214. Size of Wales  
215. Slow Food Deutschland  
216. Small Scale Livestock and Livelihoods Program  
217. SNEHAKUNJA Trusthonnavar Karnataka  
218. Support for Women in Agriculture and Environment (SWAGEN)  
219. Sustainable Development Institute (SDI)  
220. The Australia Institute  
221. The Development Institute  
222. The Green Institute  
223. The Oakland Institute  
224. TORANG TRUST  
225. Trend Asia 
226. Ubuntu learning hub Trust  
227. Unidad de la Fuerza Indígena y Campesina  
228. vzw Climaxi  
229. Welthaus Diözese Graz-Seckau  
230. Zambia Alliance for Agroecology and Biodiversity (ZAAB)  
231. Zambian Governance Foundation for Civil Society (ZGF)  
232. Zimbabwe People’s Land Rights Movement 

Acadêmicos e acadêmicos

233. Adeola Oluwadare Samson, Nigeria  
234. Aili Pyhälä, Finland  
235. Alison Blay-Palmer, Canada  
236. Anacleto Roberto Carolina Soares, Timor-Leste  
237. Anitra Nelson, Australia
238. Artur Milewski, Poland  
239. Aruna Rodrigues, India  
240. Carlos Augusto Pantoja Ramos, Brasil
241. Christine Leiser, Germany  
242. David Barkin, Mexico  
243. Dr. med. vet. Anita Idel, Germany  
244. Elen Shute, Australia  
245. Elizabeth Bravo, Ecuador  
246. Floren Satizabal P., Colombia  
247. Gerardo Cerdas Vega, Costa Rica  
248. Giulia Chersoni, Italy  
249. Guillaume Carbou, France  
250. Helen Newing, UK
251. Jackie Sunde, South Africa  
252. Janis Alcorn, Canada  
253. Jeff Corntassel, Cherokee Nation citizen; Canada
254. John Thackara, UK  
255. K. Nadeesha Nisansala, Sri Lanka  
256. Kshama Nagaraja
257. Kudzai, South Africa  
258. Kyle, Spain  
259. Liliana Buitrago , Venezuela  
260. Maria Carolina Olarte, Colombia  
261. Marie Bouchet, France  
262. Michel PIMBERT, UK  
263. Mike Jones, Sweden  
264. Nora Faltmann, Austria  
265. Olivier Hamerlynck, Mozambique  
266. Peter Mukasa Reutter, Germany  
267. Prof Jack Heinemann, New Zealand  
268. Rajeswari S. Raina, India  
269. Rosario Carmona, Norway  
270. S Faizi PhD, India  
271. Saloni, India  
272. Yung En Chee, Australia 

1 UNEP 2023. State of Finance of Nature, https://www.unep.org/resources/state-finance-nature-2023
2 Dooley K., Keith H., Larson A., Catacora-Vargas G., Carton W., Christiansen K.L., Enokenwa Baa O., Frechette A., Hugh S., Ivetic N., Lim L.C., Lund J.F., Luqman M., Mackey B., Monterroso I., Ojha H., Perfecto I., Riamit K., Robiou du Pont Y., Young V., 2022. The Land Gap Report 2022, https://www.landgap.org/  
3 Green Finance Observatory, GFO’s response to IAPB’s consultation on archetypes, 29 April 2024 https://greenfinanceobservatory.org/wp-content/uploads/2024/04/IAPBconsultation2v5.pdf
4 IPES-Food, 2024. Land Squeeze: What is driving unprecedented pressures on global farmland and what can be done to achieve equitable access to land? https://ipes-food.org/report/land-squeeze/  
5 Kill J, Franchi G, Rio Tinto’s biodiversity offset in Madagascar – Double landgrab in the name of biodiversity?, World Rainforest Movement, Re:Common, March 2016. https://wrm.org.uy/wp-
content/uploads/2016/04/RioTintoBiodivOffsetMadagascar_report_EN_web.pdf
;  Re:common, Turning forests into hotels The true cost of biodiversity offsetting in Uganda, Apr 2019
https://www.recommon.org/en/turning-forests-into-hotels-the-true-cost-of-biodiversity-offsetting-in-uganda/; The Guardian, ‘Nowhere else to go’: forest communities of Alto Mayo, Peru, at centre of offsetting row, January 2023, https://www.theguardian.com/environment/2023/jan/18/forest-communities-alto-mayo-peru-carbon-offsetting-aoe; Mongabay, Shell affiliate accused of violating Indigenous rights in carbon credit contracts, November 2023 https://news.mongabay.com/2023/11/shell-affiliate-accused-of-violating-indigenous-rights-in-carbon-credit-contracts/; Counsell S., Survival International, Blood Carbon: how a carbon offset scheme makes millions from Indigenous land in Northern Kenya, March 2023, https://assets.survivalinternational.org/documents/2466/Blood_Carbon_Report.pdf  
6 Rojas-Marchini F and Carmona R. Biodiversity offsets and credits: Key aspects that make them problematic for protecting biodiversity, Third World Network Briefing Paper, March 2024. Ver aqui.
7Como exemplo, a figura S2, no artigo a seguir, mostra evidências iniciais de grande concentração de compensações (23% do conjunto de dados) em “condições moderadas, outras pastagens neutras” no Mercado de Compensação de Biodiversidade do Reino Unido. Rampling, E., zu Ermgassen, S. O. S. E., Hawkins, I. e Bull, J. W., 2023. Achieving biodiversity net gain by addressing governance gaps underpinning ecological compensation policies. Conservation Biology, https://osf.io/preprints/osf/avrhf 
8 Evidências do mercado de compensação de biodiversidade de Nova Gales do Sul mostram que muitos tipos de créditos levam a um mercado ilíquido: “Liquidez do mercado de crédito 7.6. Conforme observado acima, há mais de 1.000 tipos diferentes de crédito que podem ser negociados dentro do mecanismo. As partes interessadas observaram que isso reflete a complexidade da biodiversidade, mas o resultado é que o mercado de crédito também é complexo e amplamente ilíquido.” New South Wales Parliament, Integrity of the NSW Biodiversity Offsets Scheme, Report 16, novembro de 2022. Ver aqui.
9 Pascual, U. et al. Diverse values of nature for sustainability. Nature, v. 620, n. 7975, p. 813–823, 2023. https://doi.org/10.1038/s41586-023-06406-9
10 Como exemplo, os novos pagamentos por “serviços ambientais” do Reino Unido aos agricultores irão andar de mãos dadas com a eliminação gradual dos subsídios agrícolas diretos. Horton H., The Guardian, Revealed: farmers received only tiny sum from post-Brexit sustainability fund last year, 12 de fevereiro de 2023, https://www.theguardian.com/environment/2023/feb/12/farmers-post-brexit-payments; Farmers Weekly, Defra confirms reductions in support for farmers, 24 February 2020, https://www.fwi.co.uk/business/payments-schemes/defra-confirms-reductions-in-support-for-farmers  
11 Greenfield P, The Guardian, Revealed: more than 90% of rainforest carbon offsets by biggest certifier are worthless, analysis shows, 18 January 2023, https://www.theguardian.com/environment/2023/jan/18/revealed-forest-carbon-offsets-biggest-provider-worthless-verra-aoe