ONGs conservacionistas
O modelo de conservação promovido por ONGs como WWF, Conservation International e The Nature Conservancy exclui as comunidades que vivem na terra desde bem antes de ela ser declarada “área protegida”. Essa abordagem do tipo “parques sem pessoas” resultou em áreas de conservação cada vez mais militarizadas e em mais violência contra comunidades que vivem dentro ou perto de florestas que foram declaradas áreas protegidas. As ONGs conservacionistas firmaram parcerias com empresas, incluindo as maiores petroleiras e mineradoras do mundo, transformando-se em uma indústria que se destaca por fazer lavagem verde nas imagens de empresas.
As dezenas de milhões de euros que o governo do Acre recebeu do governo da Alemanha para seu programa REDD+ não conseguiram conter o desmatamento. Mesmo sem “resultados” positivos, vários estados brasileiros continuam recebendo recursos do governo alemão.
Com a crise da Covid-19, as iniciativas de movimentos e coletivos, baseadas na economia feminista, têm ganhado força. A economia feminista nos leva a refletir sobre a atualização de mecanismos de controle, sem deixar de afirmar a capacidade de resistência e reconstrução dos corpos em movimento.
Se antes as organizações conservacionistas se dedicavam a coletar dinheiro para criar áreas protegidas em florestas supostamente ameaçadas de destruição, hoje elas formam uma verdadeira “indústria” transnacional que administra e controla áreas que vão muito além de florestas.
ONGs conservacionistas que trabalham no Suriname aumentaram a pressão sobre os indígenas Wayana. Depois de as comunidades florestais passarem anos sendo tratadas de forma severa, impositiva e paternalista por essas organizações, os Wayana decidiram buscar seu próprio caminho, de acordo com seu próprio modo de pensar e viver.