No dia 5 de julho de 2024, três famílias camponesas foram violentamente despejadas na zona rural San Lorenzo 2, no município de Wanda, na província argentina de Misiones. O despejo foi executado pela polícia provincial, em colaboração com a multinacional Arauco. Durante a operação, destruíram a propriedade de dez hectares que havia servido ao sustento da família por uma década. Demoliram e queimaram as casas, as plantações, os galinheiros e os chiqueiros. As famílias perderam tudo, e alguns dos seus membros passaram até três dias detidos. Organizações camponesas e indígenas reunidas no “Grupo de luta pelo direito à terra” apresentaram um pedido ao governo de Misiones para que devolva a terra ou conceda urgentemente outras áreas às famílias despejadas. No final de agosto, elas não haviam recebido resposta.
A Arauco, que atua no Chile, na Argentina, no Brasil e no Uruguai, desembarcou em Misiones em 1996, quando comprou a fábrica de celulose Alto Paraná. Desde então, a multinacional avançou sobre mais de 200 mil hectares de terras camponesas e indígenas com a plantação de monoculturas de pinus e eucalipto, desalojando comunidades e causando graves impactos à saúde, ao meio ambiente e à soberania alimentar. Diante disso, as comunidades travam uma histórica luta de resistência.
No dia 5 de julho de 2024, três famílias camponesas foram violentamente despejadas na zona rural San Lorenzo 2, no município de Wanda, na província argentina de Misiones. O despejo foi executado pela polícia provincial, em colaboração com a multinacional Arauco. Durante a operação, destruíram a propriedade de dez hectares que havia servido ao sustento da família por uma década. Demoliram e queimaram as casas, as plantações, os galinheiros e os chiqueiros.