O Dia Internacional de Luta contra as Monoculturas de Árvores, 21 de setembro, reconhece a coragem e a força por trás dos processos de resistência contra as plantações industriais.
Boletim 257 – Julho/Agosto 2021
Resistência a múltiplas táticas para expandir as monoculturas
Este Boletim tem artigos escritos por as seguintes organizações e indivíduos:
O Movimiento Social Intercultural del Pueblo de Ixcán, Guatemala; Witness Radio, Uganda; um ativista de Serra Leoa, membro da Aliança Informal contra as Plantações Industriais de Dendê na África Ocidental e Central; Yayasan Pusaka Bentala Rakyat, Indonesia; um pesquisador do Brasil; e membros do Secretariado Internacional do WRM em estreita colaboração com vários aliados nos diferentes países.
Boletim WRM
257
Julho/Agosto 2021
NOSSO PONTO DE VISTA
RESISTÊNCIA A MÚLTIPLAS TÁTICAS PARA EXPANDIR AS MONOCULTURAS
-
27 Setembro 2021A empresa Palmas del Ixcán impôs-se na Guatemala com o que as comunidades chamam de “expropriação sistemática”. Apesar da criminalização, a resistência ganha cada vez mais força.
-
27 Setembro 2021Mais de 10 mil pessoas foram expulsas para dar lugar às plantações de árvores da New Forests Company (NFC), empresa registrada no Reino Unido.
-
27 Setembro 2021A empresa de dendezeiros Socfin representou violência para as comunidades. No entanto, as mulheres precisam enfrentar outro sistema patriarcal mais próximo de casa: os chefes tradicionais são.
-
27 Setembro 2021As plantações de dendezeiros são um dos espaços mais inseguros para as mulheres, não apenas por causa das condições vulneráveis de trabalho, mas também por causa do potencial de violência sexual. (Disponível em indonésio)
-
27 Setembro 2021Suzano, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, busca intensificar suas operações com os chamados ‘títulos verdes’, como forma de financiamento de seus projetos de expansão.
-
27 Setembro 2021A região de Sangha está sob controle total de três concessões. Todas têm origens coloniais e continuam utilizando guardas contra os habitantes da floresta para impedir que façam uso de suas terras ancestrais.
RECOMENDADOS
-
27 Setembro 2021À medida que os efeitos devastadores das mudanças climáticas se tornam mais imediatos e graves, os interesses empresariais estão promovendo o uso de árvores transgênicas sem comprovação e potencialmente perigosas em propostas equivocadas de mitigação climática, incluindo compensação de carbono e uma bioeconomia emergente. Uma declaração divulgada pela Campanha Contra as Árvores Transgênicas alerta para os danos ecológicos e sociais do uso de árvores transgênicas em propostas para enfrentar a crise climática, que representam “falsas soluções”.
-
27 Setembro 2021Uma publicação recente do WRM explica como funciona a agricultura por contrato com empresas de óleo de dendê e por que ela é uma grave ameaça à pequena agricultura e à soberania alimentar. A cartilha analisa nove das promessas mais frequentes das empresas e, o mais importante, as informações que elas ocultam por trás de cada promessa. A publicação está disponível em inglês, português, francês, espanhol e bahasa indonésio.
-
27 Setembro 2021Um artigo recente da Mongabay alerta sobre como a indústria do óleo de dendê está se expandindo rapidamente na Amazônia brasileira. A cobertura de dendê no norte do Pará aumentou quase cinco vezes entre 2010 e 2019. Estudos mostram que a conversão de florestas em plantações de dendê é um grande problema. A maior parte da produção de óleo de dendê do Brasil é controlada por oito empresas. Cientistas encontraram níveis elevados de resíduos de agrotóxicos nas comunidades vizinhas, enquanto promotores estão processando as empresas por supostamente violarem os direitos das comunidades indígenas e tradicionais e causarem danos ao meio ambiente.
-
27 Setembro 2021Um artigo acadêmico de Janina Puder denuncia como a indústria do óleo de dendê na Malásia utiliza muito a mão de obra barata dos trabalhadores migrantes para manter o óleo de dendê lucrativo e competitivo globalmente. O produto costuma ser associado a desigualdades sociais em relação a propriedade, uso e acesso à terra, mas a exploração de trabalhadores migrantes é outra expressão importante, embora menos conhecida, da desigualdade social causada pelo cultivo industrial de dendê e a expansão constante do setor de óleo na Malásia desde 1960.