Banco Mundial: chega de financiamento para as plantações de dendezeiros!

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Em agosto de 2009, a Corporação Financeira Internacional (CFI) e pouco depois o mais abrangente Grupo Banco Mundial (GBM) do qual faz parte suspenderam o financiamento para o setor do dendezeiro. Isso foi uma resposta às reclamações críticas de ONGs indonésias, organizações de povos indígenas e ONGs internacionais que desencadearam um relatório de auditoria condenatório emitido pelo Ombudsman e Assessor em matéria de Observância da própria CFI.

No entanto, o Banco parece estar determinado a continuar com o financiamento da expansão do dendezeiro na África, Ásia e América Latina iniciando o que define como “um processo aberto e participativo que abrange um grupo diverso de partes interessadas” a fim de desenvolver uma estratégia para “futuros vínculos no setor do dendezeiro”.

Como parte do processo, o Banco organizou diversas consultas: Washington (23-26 de abril), Indonésia (3-7 de maio), Costa Rica, (17-18 de maio), Gana (31 de maio-1 de junho) e Países Baixos (3- 4 de junho).

Depois de completado o processo, o Banco irá “tomar anotações” das diversas perspectivas expressadas por um amplo leque de “partes interessadas” e irá sugerir uma estratégia que permitirá que continue o financiamento da expansão desta polêmica plantação.

Diante disso, vários grupos sociais e ambientalistas, que têm estado denunciando a maquiagem verde das plantações de dendezeiros iniciaram uma ação. No dia 18 de maio de 2010, foi enviada uma carta ao Banco Mundial em nome de mais de 80 organizações de mais de 34 países instando o Banco Mundial a deter o financiamento das plantações de dendezeiros.

A carta enfatiza que, “A evidência providenciada pelo dano documentado em nível ambiental e social decorrente das plantações industriais de dendezeiros faz com que seja necessário insistir em que essas plantações fazem parte de um modelo de produção extrativista em grande escala voltado para a exportação, que é intrinsecamente insustentável.” Como resultado, a carta conclui que, “O que é, portanto, necessário é deter a expansão das monoculturas de dendezeiros” e que “O Banco Mundial não deve financiar as plantações de dendezeiros.”

A carta pode ser acessada em: http://www.wrm.org.uy/actors/WB/Letter_2010.html
Se quiser expressar seu apoio a esta carta, você pode enviar um e-mail a:unsustainablepalmoil@gmail.com
Ou você pode acessar o site: http://www.salvalaselva.org/