Na região do Pichucalco, Reserva da Biosfera Montes Azules, na Selva Lacandona, México, delegados e delegadas do Movimento REDDeldía dos Montes Azules se reuniram de 8 a 10 de abril em torno ao tema da inclusão da biodiversidade e dos conhecimentos tradicionais dos povos indígenas na proposta de acordo multinacional de livre comércio denominado Acordo TransPacífico (ATP).
O movimento definiu três objetivos:
1. Denunciar a onda de privatização da biodiversidade mundial;
2. Fazer algo para detê-la e para construir a alternativa dos povos;
3. Oferecer um novo flanco de resistência na luta geral dos povos, que dê fôlego a outras lutas e ânimo àqueles que, por agora, perderam a batalha para as reformas estruturais que os atingem.
Decidiu-se levar adiante um Plano para a Defesa – que inclui a denúncia da ameaça; o pedido às comunidades para que resistam aos programas oficiais e estrangeiros de conservação, de privatização da terra e de investigação dos montes e dos conhecimentos dos povos; a criação de um local global de denúncia de caminhos, estratégias e atores envolvidos no saque de montes e conhecimentos tradicionais, e a organização de una campanha mundial para alertar os consumidores; impulsionar a distribuição global solidária da biodiversidade e seus saberes tradicionais; convocar a organizar centros regionais de provisão dos povos; opor-se à passagem da brecha Lacandona.
Também se discutiu um Plano de Trabalho ou alternativas – que inclui impulsionar, com apoio independente do governo e de pessoas e grupos que lhe sirvam, “a recuperação de nossos saberes e práticas tradicionais e também a de nossas próprias histórias, e resguardá-las em arquivos sob controle das próprias comunidades ou de organizações ou pessoas de comprovada confiança”, promover entre os povos o uso e o manejo comunitário da biodiversidade, “principalmente para atender nossas necessidades de saúde e alimentação”, elaborar planos comunitários de manejo da biodiversidade.
O comunicado completo pode ser lido em http://reddeldia.blogspot.mx/