Várias organizações sociais de diversos cantos do mundo assinaram e publicaram o documento “Carbon markets will not deliver for Southern governments, forests and people” (Os mercados de carbono não beneficiarão os governos do Sul, as florestas nem as pessoas), em que alertavam aos governos do Sul que não devem ter expectativas em um mercado mundial de carbono que inclua créditos de carbono das florestas ou créditos REDD.
Os principais motivos que apresentam para essa afirmação é que o Regime de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia (EU ETS)- o maior mercado de carbono- não incluirá as florestas, no mínimo até 2020, e que os créditos de carbono em sua qualidade de “commodity” têm mostrado um desempenho péssimo.
Por outro lado, no caso em que viesse a existir um mercado de carbono das florestas, o dinheiro que poderia chegar a elas seria exíguo porque, como acontece com qualquer outro mercado de commodities, os que mais se enriquecem são aqueles que comerciam ou especulam enquanto os produtores recebem apenas uma porcentagem limitada do custo final, e, finalmente, ainda que fossem destinados fundos às florestas, não chegariam a países de “alto risco” (o que inclui vários países africanos) porque os investidores aplicam o dinheiro nos lugares em que o risco é menor e o retorno é maior.
O documento pode ser acessado, em português, em:http://www.fern.org/sites/fern.org/files/carbonleaflet_25nov.pdf