Faça o download do documento completo em pdf
O documento busca responder à Campanha que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) está realizando este ano, para o Dia 21 de março. Em um vídeo curto, a FAO exalta a capacidade da floresta de absorver CO2 e sugere: “florestas sustentáveis na linha de frente contra a mudança climática”. Em nossa opinião, as supostas soluções apoiadas e promovidas pela FAO nos últimos 20 a 30 anos não reduziram o desmatamento e muito menos contiveram a crise climática. Elas são as propostas do “Manejo Florestal Sustentável”, do “REDD+” e do “Desmatamento Zero”, inclusive a recente “Declaração de Florestas de Nova York”. Sem questionar o modelo globalizado de produção e consumo em favor de uma minoria, essas propostas têm conseguido fortalecer ainda mais o poder corporativo, inclusive uma indústria de “consultorias” para “certificar” as florestas, e também plantações de monoculturas de árvores como “sustentáveis”. Além disso, há um vínculo camuflado nos compromissos de “desmatamento zero” entre, por um lado, os projetos de REDD+ e de comércio de outros “serviços ecossistêmicos” e, por outro lado, o avanço das indústrias de destruição, como a extração de petróleo, as plantações de monocultivos em grande escala, a extração de minérios, as hidrelétricas, etc. Concluímos que a “mudança” sobre a qual a FAO fala em seu lema para 21 de março não representa nenhuma mudança verdadeira.
Aproveitamos para pedir a todas e todos que se somem à declaração preparada para a última COP do clima em Lima, rumo à COP em Paris, em 2015, que mostra e denuncia diretamente essa relação e contém um claro não às falsas soluções de compensação para a crise climática. Acessa etsa declaração em: http://wrm.org.uy/pt/acoes-e-campanhas/para-rechacar-redd-e-as-industrias-extrativas-para-enfrentar-o-capitalismo-e-defender-a-vida-e-os-territorios/