Biomassa
A biomassa lenhosa é comercializada como energia limpa, mas é outra falsa solução para a crise climática. Não se trata apenas do carbono que é liberado quando se queimam as árvores. Mais do que disso, a demanda por carvão vegetal para usos industriais, e por aparas e pellets de madeira para aquecimento ou produção de eletricidade, está impulsionando a expansão de grandes plantações de monoculturas de árvores, principalmente no Sul Global.
Oganizações, redes e movimentos celebram a resistência contra as plantações e levantam suas vozes para exigir que “Parem a expansão das plantações de monocultivo de árvores!”
Com este caderno, o WRM procura alertar grupos e ativistas das comunidades sobre uma possível nova onda de expansão das plantações industriais de árvores promovida pelas empresas.
Este editorial pretende fazer um alerta em relação às agendas empresariais que dominam os processos internacionais relacionados às florestas, e que parecem estar entrando em novas fases. As decisões têm impactos muito concretos para as comunidades florestais.
A empresa norueguesa APSD está estabelecendo plantações industriais de eucalipto na Gana para combustível de biomassa, que e chamada de “neutra em carbono”. A organização ganesa Jovens Voluntários para o Meio Ambiente falaram com comunidades diretamente afetadas.
As empresas de plantação costumam afirmar que as populações locais estão destruindo as florestas, principalmente onde dependem de lenha e/ou carvão para suas necessidades de energia e que, portanto, as plantações industriais podem fornecer essa madeira de forma “sustentável”.