Lutas pelas florestas
Quando as empresas destroem florestas ou restringem – e até proíbem – o acesso de povos e populações a seus territórios, colocam-se em risco o modo de vida e até mesmo a existência das comunidades. O WRM apoia as lutas dos povos da floresta em defesa de seus territórios e pelo direito de decidir como viver e usar as florestas das quais dependem.
Embora a fumaça dos incêndios florestais no Brasil pudesse ser vista com facilidade nas reportagens da mídia, bem mais difícil era enxergar o que estava por trás da cortina de fumaça do governo brasileiro: ações que levarão a floresta a uma morte rápida.
A empresa australiana Base Resources foi autorizada a destruir a Floresta Mikea desde que estabeleça um projeto de compensação, o que, por sua vez, implica severas restrições às comunidades para acessar suas terras e florestas.
(Disponível apenas em inglês) An inteview with Winnie Overbeek, the International Coodinator of the WRM, about the causes and the impacts of the deforestation in the Amazon.
É fundamental que toda a sociedade tenha clareza que este não é um fenômeno isolado. Na realidade, ele é o resultado de uma série de ações do agronegócio e das mineradoras.
A construção da fábrica da Suzano, juntamente com as estradas contíguas, o constante transporte de madeira e o afluxo maciço de trabalhadores, trouxeram muita devastação para as populações. Este é o testemunho de uma mulher que luta pelo seu território.
A luta segue viva contra a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, os povos do território ainda precisam lidar com a negação de direitos básicos, o aumento da violência no campo e na cidade e os enormes desafios de continuar produzindo após os impactos de “Belo Monstro”.
O Cacique Babau, da comunidade de Tupinambá Serra do Padeiro (Brasil), sofre repetidas ameaças. Pessoas e organizações sociais, por meio de uma carta ao Governador, exigem que o Estado garanta a sua integridade. Pedimos o seu apoio assinando em solidariedade.
Apesar dos danos muitíssimos profundos que as indústrias causam às florestas do mundo, esse processo traz à tona algo mais: as fortes e diversificadas resistências que as comunidades afetadas articulam para defender seus territórios, meios de vida e sustento, culturas e até mesmo existências. A luta continua! (Disponível em suaíli).
Declaração de Xapuri, 16 de dezembro de 2018. A declaração ainda está aberta para assinatura de apoiadores até 31/01/2019.