Mulheres na resistência
Quando as florestas são destruídas, as mulheres das comunidades que dependem delas são atingidas com muita força: suas condições de vida são especialmente precárias, e obter alimentos, medicamentos, materiais e água potável fica ainda mais difícil. Os conhecimentos e a sabedoria tradicionais que as mulheres transmitem ao longo de gerações também são colocados em risco. É por isso que elas costumam estar na vanguarda da resistência contra a destruição das florestas.
O programa indiano para compensar a destruição de florestas por projetos de desenvolvimento constantemente estabelece monoculturas de árvores em terras comunitárias. As mulheres, que são as mais afetadas, estão no centro da resistência.
Sobre como a organização, a divisão sexual e a precarização do trabalho no agronegócio afetam a saúde das trabalhadoras e como as transformações territoriais derivadas deste modelo de produção afetam diretamente as mulheres.
O 8 de março não é apenas um dia para celebrar e dar visibilidade às lutas das mulheres; também é um dia para relembrar de processos de luta e organização das mulheres que representam uma inspiração importante para todas as demais lutas de hoje. Um exemplo é o movimento de mulheres Chipko, da Índia, e sua importante luta, cerca de 40 anos atrás, pela conservação da floresta e contra as monoculturas de árvores.