Os negociadores do clima da ONU concluíram seu segundo encontro de 2011 em Bonn no mês de junho sem abordar a questão chave de reduzir a poluição do clima e sem discutir como as emissões de gases, que são a causa principal da mudança climática, serão reduzidas, quem fará isso ou quem pagará por isso. Os grupos de justiça climática expressaram sua crescente preocupação por não ter conseguido que os países ricos e industrializados decidissem ações reais para enfrentar a mudança climática como:
• Suas atuais promessas de redução a apenas 3 gigatoneladas perigosamente baixo, bem longe de um nível de redução que mantenha o aumento da temperatura abaixo de 2 graus Celsius (o nível máximo calculado pelo UNEP para evitar a catástrofe climática mundial e considerado perigosamente alto por alguns grupos preocupados). Suas promesas providenciam não responsabilidade para países de todo o mundo y arriscam 5 graus de aquecimento o que significará dizimação de vidas como bem sabemos. Os países ricos poderiam até aumentar suas emisões em 2020.
• Eles estão tentando evitar o já enfraquecido acordo internacional que faz vigorar o corte das emissões (o Protocolo de Kioto). O Canadá anunciou sua intenção de unir-se à Rússia e o Japão descumprindo assim sua obrigação legal de um segundo período de compromisso. Esses países estão se unindo aos EUA nas propostas de corte de emissões são mais promessas que objetivos.
• As propostas de falsas soluções como os mercados de carbono avançaram, visto que Estados Unidos rejeitou discutir fontes de financiamento para compromissos de longo prazo. Papua Nova Guiné propôs considerar novos mercados potenciais chamados “Carbono Azul”. Isso supõe incluir manguezais mas também, potencialmente, o próprio oceano nos chamados créditos de carbono. O foco na expansão dos mecanismos do mercado a novos setores é um perigoso afastamento do foco real das negociações climáticas: a redução das emissões.
A verdadeira resposta é um corte profundo das emissões agora mesmo, e não mais falsas soluções que geram lucros para alguns, mas nada fazem para enfrentar a mudança climática.
Artigo com base em informações providenciadas por Asad Rehman, FOE UK, membro da Climate Justice Now!, e-mail: asad.rehman@foe.co.uk