A Décima Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) terá lugar em Nagoya, Japão, de 18 a 29 de outubro de 2010. Esta reunião oferece à CDB uma boa oportunidade para responder à crescente exigência de chegar a uma definição séria de um dos ecossistemas mais biodiversos na Terra: as florestas.
A Décima Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) terá lugar em Nagoya, Japão, de 18 a 29 de outubro de 2010. Esta reunião oferece à CDB uma boa oportunidade para responder à crescente exigência de chegar a uma definição séria de um dos ecossistemas mais biodiversos na Terra: as florestas.
Nro 159 – Outubro 2010
A CBD na encruzilhada
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O TEMA CENTRAL DESTE BOLETIM: A CBD NA ENCRUZILHADA A Convenção das Nações Unidas sobre a Diversidade Biológica (CBD) celebra sua 10ª Conferência das Partes (COP) em Nagoya, Japão, de 18 a 29 de outubro de 2010. a CBD tem a responsabilidade de delinear políticas que contribuam à proteção da biodiversidade, o que implica desandar caminhos que provaram ser nefastos e tomar novos rumos. En ocasião desta COP, a rede mundial CBD Alliance (Convention on Biological Diversity Alliance)- da qual o WRM faz parte-, tem contribuído nesta instância facilitando a elaboração, por parte de representantes de organizações sociais e de Povos indígenas, de um conjunto de análises sobre os assuntos que consideram que a COP de Nagoya deveria abordar com maior urgência, bem como os caminhos que deveriam ser evitados e aqueles que deveriam ser percorridos. Neste boletim, reunimos três dos dez assuntos apresentados pela CBD Alliance (para ver todos os assuntos: http://undercovercop.org/wp-content/uploads/2010/10/CBDA_10briefings_ENG_v8.pdf).Boletim WRM
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Outubro 2010
NOSSO PONTO DE VISTA
MENSAGEM DESDE A SOCIEDADE CIVIL À CBD
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31 Outubro 2010Em 2010, enfrentamos uma combinação de crises de biodiversidade, alimentos, combustíveis, econômica e climática. A conservação e o uso sustentável da biodiversidade é fundamental para abordar essas crises e planejar um caminho verdadeiramente sustentável para a humanidade.
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31 Outubro 2010Resumo As florestas do mundo enfrentam muitas ameaças. As partes da CBD devem adotar ações sérias e imediatas a respeito do desmatamento, abordando os impulsionadores do desmatamento, em linha com os direitos dos Povos Indígenas. As partes não devem aceitar cegamente os termos do REDD (Redução de emissões decorrentes de desmatamento e degradação das florestas), e deveriam estabelecer uma definição de florestas em linha com os objetivos e princípios da CBD.
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31 Outubro 2010Resumo da questão A bioenergia e os biocombustíveis em escala industrial, com suas novas demandas por madeira, produtos agrícolas e outra biomassa vegetal, vêm provocando impactos sérios e irreversíveis na biodiversidade, e em especial nas florestas. Movidos por investimentos estrangeiros, vastas áreas de terra estão se tornando matéria- prima para a bioenergia no Sul, minando os direitos dos Povos Indígenas, a soberania alimentar, a reforma agrária e os direitos territoriais. O discurso da CDB “para promover os impactos positivos e minimizar os negativos da produção de biocombustíveis” deve ser substituída por um apelo para dar fim a todos os perversos incentivos que estimulam a expansão da produção industrial de bioenergia.
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31 Outubro 2010Um grupo de redes e organizações sócio- ambientais, preocupado pela possibilidade de que as Nações Unidas afinal apoiem políticas que aceitem e promovam as árvores transgênicas, alertou sobre os prejuízos que teriam e que se agravariam dentro do modelo de monoculturas em grande escala. A seguir reproduzimos a “Carta aberta a participantes da 10ª Conferência das Partes (COP X) da Convenção de Diversidade Biológica (CDB) e da 5ª Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena (MOP V) que serão realizadas em Nagoya, Japão, em outubro de 2010. Detenham o extermínio- Detenham as árvores transgênicas
COMUNIDADES E FLORESTAS
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31 Outubro 2010A proposta equatoriana de deixar intocada para sempre uma quantidade de petróleo estimada em 850 milhões de barris na região de alta biodiversidade do bloco conhecido como ITT, dentro da floresta do Parque Yasuní (vide boletim Nº 157 do WRM), marcou uma mudança de rumo para a direção certa na estratégia de proteção da diversidade biológica. O Equador, que baseia grande parte de sua receita na exportação de petróleo, evitaria a correspondente emissão de 410 milhões de toneladas de dióxido de carbono em troca de uma compensação monetária internacional equivalente no mínimo a 50% dos benefícios que receberia caso explorasse essas reservas, no contexto da dívida ecológica que as potências industrializadas mantêm com os países do Sul, fornecedores da matéria-prima de sua riqueza.
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31 Outubro 2010In defiance against Burma’s ruling military junta, farmers in the northern state of Kachin are fighting against a plantation company from destroying their lands and livelihoods. The farmers accuse the Yuzana Company of large-scale destruction of forest in the Hugawng Valley, an area that also happens to comprise the world’s largest tiger reserve. The Yuzana Company conglomerate, whose chief Htay Myint is said to be close to the Burmese military rulers, was given the license to operate plantations in the Hukawng Valley in 2007.
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31 Outubro 2010Sólo disponible en inglés. With a population of some 150 million people, the Nigerian economy has been relying for more than 50 years on oil extraction by foreign large corporations - with Shell at the top - in the Niger Delta remote region of mangrove creeks. The country’s oil production is mainly to feed the energy demands of industrialized countries – it supplies 8.2% of all US crude oil imports. Oil companies reap huge benefits while most local people bear the environmental burden left by gas flaring and oil spills - 300 major oil spills have poured about 8 million barrels of oil into the once lush area.
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30 Outubro 2010Sólo disponible en inglés. “The forest dependent people of India are raising their voice strongly against the loot of natural resources in the name of delivering development, saving the environment and combating climate change. They are bringing forth the issues of people’s political economy of protection of natural resources and protection of livelihood vis-à-vis the elite and capitalist interests on the natural resources. According to tribals and other marginalized forest people, there can be no solution of the present ecological crisis without ensuring the rights of the communities dependent on natural resources. These rights, according to them, also means social equality and social justice that has been denied to them since ages.
COMUNIDADES E MONOCULTURAS DE ÁRVORES
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30 Outubro 2010De forma rítmica, uma fileira infinita de árvores passa por nosso vidro de carro. No Extremo Sul da Bahia, as plantações de eucalipto nunca ficam longe. Em alguns lugares observamos restos da Mata Atlântica, a selva exuberante que antigamente cobria toda a região e da qual sobre apenas 4%. As empresas madeireiras e as serrarias tiveram tempos dourados por aqui. Depois da devastação, a região recebeu um novo impulso: eucalipto, o novo ouro verde. As plantações por onde passamos são todas da Veracel.
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30 Outubro 2010Sólo disponible en inglés. Two previous WRM Bulletins (January and September 2009) reported on the “biochar” concept – the idea of producing charcoal on a large scale and applying it to soils on the assumption that this will store carbon for thousands of years and slow down if not reverse climate change as well as making soils more fertile, producing ‘renewable energy’ and doing all sorts of other magical things.[1]
ARTIGOS NÃO DISPONÍVEIS EM PORTUGUÊS
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30 Outubro 2010Recentemente foi divulgado um novo trabalho do Professor Walter de Paula Lima (WPL) intitulado “A silvicultura e a água: Ciência, Dogmas, Desafios” (1), que parece questionar a experiência de inúmeras comunidades que tiveram seus recursos hídricos afetados devido à instalação de grandes monoculturas de eucaliptos. No entanto, na realidade o trabalho de WPL contribui com uma série de elementos que- apesar dos objetivos do autor- confirmam de fato o que as comunidades já sabem: que as grandes monoculturas de eucaliptos em efeito afetam a água.
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30 Outubro 2010Rodeadas por un desierto verde de 60.000 hectáreas de plantaciones de palma aceitera, se encuentran 150 hectáreas de tierras agrícolas y boscosas pertenecientes a la comunidad Apouh A Ngog en la primera región de Edéa en Camerún. La comunidad Apouh A Ngong, es una de las tantas comunidades que están cercadas por las plantaciones y que desde hace años mantienen un conflicto abierto con Socapalm, filial local del grupo francés Bolloré (1).