Em abril passado, o uso comercial de eucaliptos transgênicos foi aprovado no Brasil, apesar da forte resistência local e das evidências de que essas árvores intensificam os impactos das plantações industriais. Essa é a primeira aprovação de árvores transgênicas na América Latina. O pedido veio da FuturaGene, uma subsidiária da empresa de papel e celulose Suzano. A FuturaGene afirma que, como crescem mais rapidamente, suas árvores transgênicas também absorvem mais dióxido de carbono. No entanto, como aponta um artigo do REDD-Monitor, as árvores da Suzano são, na sua maioria, cortadas e convertidas em produtos de papel, o que devolve o carbono à atmosfera. O artigo também questiona se a aprovação das árvores transgênicas no Brasil significa que agora podemos esperar que as empresas que plantarem vastas monoculturas de eucaliptos transgênicos recebam pagamentos do REDD? Afinal, ainda não há definições consensuais para diferenciar as florestas das plantações de monoculturas de árvores (transgênicas ou não) nas negociações da ONU. Leia o artigo completo (em inglês):
http://www.redd-monitor.org/2015/04/24/genetically-engineered-eucalyptus-trees-approved-in-brazil-how-long-before-we-see-ge-tree-monocultures-in-redd/
Eucaliptos geneticamente modificados são aprovados no Brasil. Quanto tempo até vermos monoculturas de árvores transgênicas no REDD?
Boletím WRM 216
10 Agosto 2015
Países: Brasil
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