As empresas Socapalm e Safacam são controladas pela Socfin, uma multinacional do agronegócio especializada no cultivo de dendezeiros e seringueiras. O grupo tem empresas financeiras e operacionais na Bélgica, Luxemburgo e Suíça, que administram plantações em uma dúzia de países africanos e asiáticos. A agressiva política de expansão do grupo levou à concentração de terras, causando sérios impactos sobre as condições de vida das populações locais. Isso gerou muitas reações dos membros da comunidade diretamente afetados, bem como de ONG internacionais. Em 1º de junho de 2016, centenas de moradores das aldeias, homens, mulheres e crianças se mobilizaram pacificamente para interromper as atividades da Socapalm e da Safacam em cinco plantações (Mbambou, Mbongo, Dibombari, Safacam, Kienké) para interpelar a direção da Socfin. Ao mesmo tempo, membros de comunidades de Serra Leoa, Libéria e Camboja se uniram aos camaroneses para denunciar os mesmos abusos em seus países.
Leia a nota à imprensa da Synaparcam (Associação Nacional de Camponeses e Ribeirinhos de Camarões), que reúne mais de 1.000 membros em cinco plantações diferentes.
Além disso, acesse a primeira edição da revista trimestral de informações e colaboração entre as associações “Revista Linha de União” (em francês), produzida pelas associações em defesa dos direitos da população ribeirinha de Camarões que vivem ao lado de plantações da Socapalm. O objetivo é informar aos atores do setor de óleo de dendê sobre a realidade dessa atividade e revelar ao mundo a realidade diária desse ambiente, para poder facilitar a articulação das ações entre todos com o intercâmbio.