Manejo florestal comunitário: uma publicação nova e inspiradora de FoEI

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Milhares de pessoas do mundo inteiro vivem em áreas rurais e em maior o menor grau dependem dos ecossistemas de florestas para sustentar-se. No entanto, a degradação das florestas e o desmatamento estão ocorrendo com uma velocidade alarmante e portanto colocando em risco suas vidas.

Seja para os povos indígenas dependentes das florestas e comunidades camponesas rurais ou para comunidades urbanas baseadas em serviços ambientais fornecidos pelas florestas, elas têm uma função vital no dia a dia.  Os processos de distribuição injustos, o consumismo e a falta de bom governo estão no centro do manejo insustentável de recursos, causando problemas ambientais e o contínuo empobrecimento das populações locais.

Esta nova publicação produzida pelo Programa de Florestas e Biodiversidade de Amigos da Terra Internacional fornece ímpetos renovados e documentação que ilustra de que forma as soluções inovadoras baseadas no conhecimento das comunidades locais estão contribuindo com a melhoria de suas condições de vida enquanto também protegem e mantêm os ecossistemas de florestas.

“O manejo comunitário das florestas se refere às regulamentações e práticas que muitas comunidades usam para a conservação e o uso sustentável das florestas com as que convivem.  Esse tipo de manejo é coletivo e comunitário e tem sido tradicionalmente identificado com a proteção das florestas em confrontação com o uso industrial e mercantil que se tem abatido sobre os recursos das florestas.”

A publicação fornece experiências comunitárias de uma ampla variedade de países, detalhando sucessos e desafios nos esforços dos povos locais para controlar, usar e proteger suas florestas. Essas experiências incluem casos na Índia, Papua Nova Guiné, Malásia, Indonésia, França, Grécia, Chile, Bolívia, Amazônia, Costa Rica, Salvador e Haiti. Os casos oferecem uma boa base para ilustrar e motivar a reflexão sobre manejo florestal comunitário com o fim de incentivar o uso sustentável das florestas.

Além das experiências das comunidades locais, a publicação inclui análise para reflexão crítica e discussão sobre um amplo número de ameaças e oportunidades, com assuntos que vão desde a função dos governos e as instituições financeiras internacionais até a soberania alimentar, consumismo, mudança climática, saúde das pessoas, mercados para produtos locais e posse da terra. O livro evidencia a forma na que esses assuntos afetam os povos locais, e a relaciona com o assunto mais amplo da justiça social e ambiental.

Usada como base para a reflexão coletiva sobre o controle dos recursos em nível local, através de processos de tomada de decisões participativas e divisão igualitária dos benefícios, esta publicação inspiradora é uma ferramenta valiosa a ser utilizada pelas comunidades que queiram exercer maior controle sobre suas vidas e recursos, para comunidades que lutam para melhorar suas vidas, para restabelecer ecossistemas degradados, bem como para fazer lobby político contra políticas socialmente e ambientalmente destruidoras.

Por: Antonis Diamantidis, email: antonis@wrm.org.uy

O livro está disponível em formato eletrônico em http://www.coecoceiba.org/images/pub91.pdf, e em breve estará disponível em inglês e francês. Por maior informação, entrar em contato com Javier Baltodano, de Amigos da Terra em: licania@racsa.co.cr