Queremos compartilhar com noss@s leitor@s o anúncio de dois documentários dos desastrosos impactos da mineração na Guatemala.
O primeiro deles é: “EXPLOTACION DE ORO A CIELO ABIERTO EN GUATEMALA; PROYECTO MARLIN” (Explotação de ouro a céu aberto na Guatemala: Projeto Marlin). O documentário trata das atividades de uma empresa mineradora transnacional que em 1996 começou a exploração de porção do território de San Marcos em busca de ouro.
A Lei de Mineração, sancionada em 1997 estabelece baixas regalias para a extração de minerais e isenção de impostos à importação de bens de capital e insumos; isso cria as condições necessárias para que essa atividade seja muito rentável para as empresas. Além disso, a Corporação Financeira Internacional, do grupo do Banco Mundial, aprovou um empréstimo de USD 45 milhões para o financiamento parcial da mina.
A mesma empresa está extraindo ouro em Honduras através de uma companhia subsidiária; os danos ao meio ambiente e à saúde dos povos próximos são importantes. O processo de mineração é o mesmo que utilizarão na Guatemala.
Os danos ao meio ambiente e à saúde dos povos próximos são importantes. As conseqüências socioeconômicas também são negativas e há sérias violações aos direitos humanos e direitos (indígenas) do Povo Sipakapense.
O documentário é um estudo de caso a respeito de que forma a globalização atinge os Povos Indígenas, criando numerosos perdedores e poucos vencedores.
Devido à ampla difusão do documentário, o assunto da mineração a céu aberto com utilização de químicos e suas sérias conseqüências (para o meio ambiente, a saúde, os direitos humanos e indígenas, bem como os impactos socioeconômicos negativos), se “instalou” na Guatemala e agora está sendo discutido um novo projeto de lei de mineração (mais beneficiador para o país), e também há grande debate da sociedade civil sobre a conveniência ou não de um desenvolvimento massivo dessas indústrias.
O segundo documentário é: “EXPLOTACIÓN DE NÍQUEL EN TIERRAS MAYAS: PROYECTO FÉNIX” (Explotação de níquel em terras maias: Projeto Fénix)
Neste caso, se trata de uma companhia mineradora canadense que desenvolveu um grande projeto para a extração de níquel em terras pertencentes ao Povo Maia. A operação foi abandonada no início da década de oitenta devido à baixa na cotação do preço internacional do mineral. Desde o período de exploração até a explotação mineral se produziram graves violações dos direitos humanos e dos povos indígenas.
Em dezembro de 2004 se renovaram as licenças de explotação mineral e ao mesmo tempo se realizou a venda simulada da empresa. O novo processo mineral utilizará ácido sulfúrico e despejará as águas residuais no lago de Izabal, parte de uma área ecológica protegida.
Devido a que a Guatemala assinou a Convenção 169 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), é preciso realizar uma consulta prévia com os povoadores indígenas da área atingida, para saber se aceitam a explotação mineral. A consulta não foi realizada e a maioria dos habitantes está contra a retomada da extração do mineral.
O documentário relata, através de testemunhas, os diferentes problemas que esse empreendimento estrangeiro acarretou e continuará acarretando na área Q’quechi’: violações aos direitos Humanos e dos Povos Indígenas, danos na saúde dos habitantes, desastre no meio ambiente e por último, impacto socioeconômico negativo na região.
Os dois documentários foram realizados por Kristina Hille e Mariano Aiello. Para obter cópias, entrar em contato pelos seguintes e-mails: blackspringamericas@gmail.com, marianoaiello@gmail.com