FSC e RSPO
O WRM vem denunciando as falsas promessas dos esquemas de certificação há mais de duas décadas. Isso inclui o Conselho de Manejo Florestal (FSC, na sigla em inglês) e a Mesa Redonda de Óleo de Dendê Sustentável (RSPO), mas também esquemas de certificação de compensação de carbono, como o Verra (anteriormente chamado de Padrão Voluntário de Carbono – VCS). Esses mecanismos ajudam a fazer lavagem verde na destruição causada pelas empresas e facilitam a continuação da expansão de seus lucros. Enquanto isso, os consumidores são enganados, as florestas são destruídas, e os direitos das comunidades locais, violados.
Quais são as experiências das comunidades que vivem dentro ou adjacentes às áreas de plantio de empresas com compromissos de “desmatamento zero”? Como essas empresas podem continuar se expandindo sem desmatar em países densamente florestados?
O que os esquemas de certificação para plantações de árvores têm em comum é que geraram inicialmente muita expectativa, prometendo uma verdadeira transformação. Mas, o que a RSPO e o FSC também têm em comum é que não irão cumprir essas expectativas.
Há anos o WRM vem alertando que muitas plantações de monocultivos certificadas no Brasil estão sobre terras com títulos obtidos de forma fraudulenta. Este artigo traz o caso de duas empresas que atuam na região Amazônica - a Agropalma e a Jari Florestal.