Boletim Nro 225 – Julho/Agosto 2016
Saúde e cura: uma visão holística das lutas dos povos que dependem da floresta
Boletim WRM
225
Julho/Agosto 2016
NOSSO PONTO DE VISTA
SAÚDE E CURA: UMA VISÃO HOLÍSTICA DAS LUTAS DOS POVOS QUE DEPENDEM DA FLORESTA
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30 Agosto 2016Dez anos atrás, a escritora indiana Kiran Desai publicou um romance chamado The Inheritance of Loss (O legado da perda, em nossa tradução), sobre os sofrimentos e feridas sentidos durante muito tempo e relacionados ao colonialismo e à globalização. Esses temas são terreno normal para romancistas ou poetas, mas o que têm a ver com o Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais? Com as intermináveis pressões para responder a novos ataques, a experiência sempre singular da perda é um tema ao qual os ativistas florestais nem sempre podem dar muita atenção.
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30 Agosto 2016Em 2003, o filósofo australiano Glen Albretch (1) cunhou o termo “solastalgia” para definir o conjunto de transtornos psicológicos que ocorriam nas populações nativas em função de mudanças destrutivas em seu território como consequência das atividades de mineração, da desertificação ou da mudança climática. O termo, que significa “dor da terra que se habita” (em grego, “solas” significa terra e “algias”, dor), pode se manifestar como uma intensa dor visceral e uma angústia mental que pode levar a problemas de saúde, abuso de drogas, doenças físicas e tendências suicidas.
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30 Agosto 2016Palavras diferentes, lados diferentes
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30 Agosto 2016“Esta pequena família, o pai, a mãe e seus dois filhos, interna-se na floresta sagrada para encontrar soluções para as doenças e os vários problemas que lhes preocupam”.
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30 Agosto 2016Os modernos costumam dizer que as plantas medicinais são recursos a serviço do homem, mas essa maneira de chamar as coisas não parece ser universal. Os quechua-lamas do piedemonte amazônico consideram as plantas como pessoas; mais do que isso, eles as vivenciam como se elas fossem uma comunidade vivente.
POVOS EM AÇÃO
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30 Agosto 2016A Golden Veroleum Liberia (GVL), uma empresa de óleo de dendê, tem centenas de milhares de hectares de terras na forma de concessões agrícolas. Atualmente, a GVL pressiona para permitir a extração de madeira para exportação em sua concessão. Ao permitir a venda da madeira resultante do corte legal de florestas nas concessões de dendezeiros, o governo estaria facilitando a “lavagem” de madeira ilegal e aumentando em muito a pressão sobre as florestas da Libéria. Apoie o chamado por uma proibição da exportação dessas madeiras, para impedir a destruição das florestas tropicais. Você pode assinar aqui: http://wrm.org.uy/all-campaigns/protect-liberias-unique-forest-heritage/