Representantes das comunidades indígenas, ambientalistas e defensores dos direitos humanos de toda a Papua Ocidental se reuniram em Jayapura (4 a 7 de novembro de 2014) para discutir os problemas relacionados às indústrias florestais e às grandes plantações que, nos últimos anos, vêm se expandindo rapidamente pela ilha. Os participantes trocaram experiências sobre as injustiças que já duram muito tempo, relacionadas a plantações em Jayapura, Keerom e Boven Digoel. Participantes do extremo sul de Papua contaram como foram marginalizados pelas plantações ligadas ao desenvolvimento do agronegócio. Outros, de Sorong, Nabire e Mimika, descreveram os muitos problemas que começaram a surgir à medida que as empresas chegavam. Delegados das baías de Bintuni e Wondama explicaram como os efeitos da indústria madeireira sobre as comunidades não são menos destrutivos. Em muitos desses exemplos, surgem os mesmos problemas: intimidação por parte de militares e policiais, perda dos meios de subsistência quando a floresta é destruída, promessas de levar desenvolvimento às comunidades, que são descumpridas pelas empresas, e problemas ambientais como poluição, inundações e perda de fontes de água. Levando tudo isso em consideração, os participantes concordaram em exigir, entre outras coisas, uma moratória de dez anos nas grandes plantações e no investimento florestal. Veja a nota completa, em inglês, aqui: https://awasmifee.potager.org/?p=1092
Reunião de representantes de toda a Papua pede dez anos de moratória sobre as indústrias de plantações e silvicultura
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