O novo relatório da GRAIN mostra que grandes empresas de TI, como Meta, Microsoft e Amazon, estão recorrendo aos mercados de carbono para ocultar suas emissões cada vez maiores de gases de efeito estufa, causadas, em grande parte, pela pressão do setor para aumentar o uso de IA e de serviços de “nuvem”, que consomem muita energia. A pesquisa da GRAIN analisa como, principalmente a Amazon e o Fundo Bezos Earth, de 10 bilhões de dólares, criado pelo cofundador da Amazon Jeff Bezos, não se limitam à compra de créditos de carbono.
Outra informação
Após o Acordo de Paris, as plantações de árvores estão crescendo como supostos sumidouros de carbono para gerar créditos, um negócio lucrativo que também é usado para lavar a imagem de grandes empresas. Um artigo recente do Climate Tracker revela aspectos dos métodos sujos adotados por um negócio que se promove como limpo para manter plantações de árvores. Os casos envolvem o Paraguai e a Colômbia.
O governo norueguês, por meio de seu Fundo de Pensão estatal, tem sido um investidor fundamental em projetos do tipo REDD, incluindo plantações de monoculturas de árvores. Em 2000, a Noruega aderiu ao Fundo Protótipo de Carbono (PCF, na sigla em inglês) do Banco Mundial, que ajudou a empresa Plantar a expandir suas plantações de eucalipto no Brasil e lucrar com a venda de créditos de carbono.
3º Fórum Global Nyéléni no Sri Lanka – os chamados por uma transformação sistêmica ressoam com força
O Fórum Global Nyéléni é uma das reuniões mais amplas e diversas de movimentos de base no mundo, reunindo organizações de camponeses e camponesas, povos indígenas, pescadores tradicionais, trabalhadores rurais, movimentos feministas e ecologistas, entre outros, com o objetivo central de fortalecer o movimento global pela Soberania Alimentar.
O relatório ‘Energy Alternatives: Surveying the Territory’, publicado pela The Corner House, traz dados e argumentos que colocam contra a parede a tese da ‘transição energética verde’. Além disso, oferece um extenso levantamento de experiências comunitárias que propõem alternativas energéticas baseadas em outra concepção de energia — diferente da capitalista.
Acesse ao relatório completo aqui (disponível em inglês e espanhol).
                   
Esse artigo faz uma afiada crítica às políticas climáticas elaboradas em negociações internacionais, como as COPs, que beneficiam os interesses econômicos daqueles que aceleram a destruição do planeta. Em nome dessas políticas, ‘biopiratas do carbono’ têm ameaçado diferentes comunidades indígenas e seus territórios ao redor do mundo. “Diante desse panorama desanimador, nós, povos indígenas, não apenas resistimos, mas também temos propostas”, afirma o artigo.
Empresas de energia lucram continuamente com atividades que alimentam e financiam o regime colonial de apartheid e genocídio de Israel contra o povo palestino. É isso que se destaca na recente publicação de uma coalizão global de dentro e fora da região.Com foco em duas corporações específicas – Eni e Dana Petroleum, que em outubro de 2023 receberam de Israel licenças de exploração de gás em águas palestinas – a publicação é útil para entender por que a energia é uma questão fundamental na luta pela libertação palestina.
A Conferência de Movimentos Florestais de Toda a Índia foi realizada em Nagpur, de 5 a 7 de abril de 2025. Reuniram-se mais de 400 representantes dos Adivasi (Povos Indígenas) e comunidades que vivem nas florestas, de 14 estados do país, para compartilhar experiências, desafios e estratégias. Com forte presença de mulheres, os participantes denunciaram as violações e ameaças sistêmicas que enfrentam, incluindo assédio, remoções forçadas para a criação de áreas protegidas, mercantilização das florestas e avanço de projetos extrativistas.
Em 2023, em paralelo à conferência climática da ONU em Dubai, no estado petrolífero dos Emirados Árabes Unidos, o governo brasileiro apresentou a ideia de um “Fundo Florestas Tropicais para Sempre” (Tropical Forests Forever Facility, TFFF). Inicialmente pensado pelo Banco Mundial em 2018, o fundo está sendo preparado para ser lançado com grande alarde na conferência climática da ONU de 2025, na cidade amazônica de Belém, no Brasil. Investimentos e doações do setor privado proporcionariam o capital inicial para gestores financeiros especularem nos mercados de capitais.
Comunidades na região de Apouh à Ngog, em Edéa, Camarões, continuam resistindo à violência da empresa Socapalm (subsidiária da SOCFIN) e de soldados fortemente armados que tentam impedir a comunidade de recuperar parte de suas terras ancestrais para plantações de alimentos, após anos de ocupação por plantações industriais de palma.
Comunidades indígenas Marudi se opõem a projeto de carbono de empresa madeireira em Sarawak, Malásia
A Samling é uma empresa madeireira, de plantações e construção notoriamente destrutiva da Malásia, que enfrenta décadas de oposição de povos indígenas como os Penan e os Kenyah por destruir suas terras consuetudinárias.  Em dezembro de 2023, a SaraCarbon, subsidiária da Samling, cadastrou um projeto de carbono no estado malaio de Sarawak no registro da Verra, ‘certificadora’ de projetos carbono.
Pesquisas minuciosas realizadas pelo Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia junto com as comunidades tradicionais no alto Rio Acará ao longo de cinco anos, resultaram no dossiê “Indígenas Turiwara Tembé no alto rio Acará: conflitos étnicos e territoriais”. Esse belíssimo trabalho descreve detalhadamente a história e lutas de resistência das comunidades tradicionais nessa região do Pará, comprovando que os Turiwara Tembé pertencem ao território que há muitos anos reivindicam.
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