Neste artigo recente, a organização Grain mostra que o aumento dos projetos de plantio de árvores, alimentado pela demanda empresarial por créditos de carbono, fez com que mais de 9,1 milhões de hectares se tornassem alvo de conversão, principalmente na África e em países como Brasil e Índia.
Outra informação
Nesta publicação, o Centro de Integridade Pública (CIP) mostra que, seis meses antes de seu término, a iniciativa havia atingido apenas 25% das metas de redução de emissões e 14% das de receita, com benefícios mínimos chegando às comunidades locais – cerca de 3% do esperado.
Reflexões acerca da decisão sobre créditos de carbono na Amazônia colombiana.
A Articulação Agro é Fogo que reúne movimentos, organizações e pastorais sociais que atuam há décadas na defesa da Amazônia, Cerrado e Pantanal e dos direitos de seus povos e comunidades, denuncia numa carta aberta o agravamento da ocorrência sistemática e orquestrada de incêndios criminosos, em função do que já devemos chamar de caos climático na Amazônia e em outras biomas.
Em 2023, a administração do presidente da Indonésia, Jokowi, anunciou um programa de produção de alimentos de 2 Sendo implementado em alta velocidade, o novo programa “PSN Merauke” poderá se tornar o maior projeto de desmatamento em nível mundial, sobreposto a terras consuetudinárias e afetando diretamente 40 mil indígenas.
Recentemente, a Aliança Informal Contra a Expansão das Plantações Industriais de Dendê na África Ocidental e Central lançou uma nova versão resumida do livreto “Prometer, dividir, intimidar e coagir: Táticas que as empresas de dendê usam para tomar terras de comunidades”.
No dia 5 de julho de 2024, três famílias camponesas foram violentamente despejadas na zona rural San Lorenzo 2, no município de Wanda, na província argentina de Misiones. O despejo foi executado pela polícia provincial, em colaboração com a multinacional Arauco. Durante a operação, destruíram a propriedade de dez hectares que havia servido ao sustento da família por uma década. Demoliram e queimaram as casas, as plantações, os galinheiros e os chiqueiros.
Em 23 de julho de 2024, o presidente indonésio Jokowi plantou o primeiro pé de cana-de-açúcar de mais um megaprojeto na Regência de Merauke, na província de Papua do Sul. Ele afirma que o projeto ajudará a enfrentar as crises alimentares e climáticas globais.
Recentemente, a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos divulgou sua histórica decisão sobre o direito dos Povos Indígenas Batwa de regressar à sua terra ancestral, de onde haviam sido violentamente despejados quando o Parque Nacional Kahuzi-Biega foi criado no leste da República Democrática do Congo. Cerca de 6 mil Batwa ficaram sem terra quando seu território ancestral foi declarado área protegida, na década de 1970.
O podcast “Faroeste carbono” conta a história de como a Carbonext, uma das maiores empresas de compensação de carbono do Brasil, convenceu comunidades quilombolas do estado do Pará, na Amazônia brasileira, a assinar um contrato que restringe sua autonomia e sua capacidade para produzir alimentos.
Uma investigação mostra que, embora empresas como a cadeia sueca de fast food Max Burgers AB vendam hambúrgueres “carbono neutro”, um projeto de compensação de carbono em Uganda está levando famílias à fome.
Um relatório documenta a forma como um projeto de plantação de árvores de carbono em Port Loko, Serra Leoa, está violando as leis do país sobre direitos das comunidades e corre o risco de fazer com que famílias fiquem presas a contratos de 50 anos.
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