Outra informação

A rede Oilwatch América Latina divulgou esta declaração, em outubro de 2021, para enfatizar a urgência de garantir que as energias dos combustíveis fósseis permaneçam no subsolo.
A Semana Ambiental Mekong/ASEAN (MAEW) é uma plataforma regional anual e um processo para um intercâmbio mais profundo entre as pessoas na região do Sudeste Asiático, onde os principais atores podem trocar, analisar e debater informações sobre questões emergentes que os afetam significativamente. Este ano, o foco foi “Redesenhar a ASEAN: Vozes dos Povos em Crises Mundiais”. As discussões englobaram a situação ambiental, bem como os aspectos econômicos, políticos e outros que impactam a região e seu povo.
Em uma publicação recente, a organização equatoriana Acción Ecológica destaca como o extrativismo da madeira balsa afetou os territórios indígenas amazônicos, tanto no tecido social como nas florestas (incluindo a Reserva de Fauna Cuyabeno) ao pé da Cordilheira dos Andes. A “explosão” na demanda por balsa está relacionada à indústria eólica da China pois, nos últimos anos, ela foi o país que mais construiu parques eólicos.
Um trecho de um livro intitulado “Climate Opium” explora a forma como estamos vivenciando uma overdose de falsas soluções para a mudança climática, tanto que os maiores mamíferos do planeta estão incluídos à força em esquemas de precificação de carbono.
À medida que os efeitos devastadores das mudanças climáticas se tornam mais imediatos e graves, os interesses empresariais estão promovendo o uso de árvores transgênicas sem comprovação e potencialmente perigosas em propostas equivocadas de mitigação climática, incluindo compensação de carbono e uma bioeconomia emergente.
Uma publicação recente do WRM explica como funciona a agricultura por contrato com empresas de óleo de dendê e por que ela é uma grave ameaça à pequena agricultura e à soberania alimentar. A cartilha analisa nove das promessas mais frequentes das empresas e, o mais importante, as informações que elas ocultam por trás de cada promessa.
Um artigo recente da Mongabay alerta sobre como a indústria do óleo de dendê está se expandindo rapidamente na Amazônia brasileira. A cobertura de dendê no norte do Pará aumentou quase cinco vezes entre 2010 e 2019. Estudos mostram que a conversão de florestas em plantações de dendê é um grande problema. A maior parte da produção de óleo de dendê do Brasil é controlada por oito empresas.
Um artigo acadêmico de Janina Puder denuncia como a indústria do óleo de dendê na Malásia utiliza muito a mão de obra barata dos trabalhadores migrantes para manter o óleo de dendê lucrativo e competitivo globalmente.
Um relatório da organização London Mining Network destaca que o extrativismo é um processo militarizado: ele rompe ecossistemas e habitats de forma violenta. Ao fazer isso, desloca as comunidades que antes tinham conexões permanentes com a terra e depois as policia, aplicando várias táticas de contrainsurgência para manter a legitimidade extrativista. Da mesma forma, o militarismo é um processo extrativo, pois precisa de grandes quantidades de metais e minerais para inovar e reunir tecnologias mais mortíferas de controle e destruição. Além disso, alimenta a crise climática.
As empresas de combustíveis fósseis e grupos de interesse na Europa captaram dezenas de bilhões em dinheiro público dos pacotes de recuperação econômica da Covid-19.
Em fevereiro de 2021, mais de 500 cientistas e economistas divulgaram uma carta pedindo a interrupção da queima de florestas para produzir energia em usinas de carvão mineral convertidas, bem como o fim dos subsídios que agora impulsionam a demanda explosiva por pellets de madeira. A queima de madeira para produzir eletricidade explodiu desde que a ONU classificou essa fonte de energia como “neutra em carbono”, o que permite que governos e empresas queimem madeira em vez de carvão mineral e não contabilizem as emissões, o que ajuda a cumprir suas metas climáticas.
Um livro gratuito com 15 capítulos enfocando significados, agendas, bem como implicações locais e globais da bioeconomia e das políticas de bioenergia na América do Sul, na Ásia e na Europa, explora a forma como a “transição energética” representa um reforço e um desafio em termos de desigualdades socioecológicas.