Banco Mundial e outras instituições financeiras
“Mitigação da pobreza”, “sustentabilidade”, “prosperidade” e “desenvolvimento” são palavras-chave no material de relações públicas do Banco Mundial, de seu braço privado – a Corporação Financeira Internacional (IFC) – e de outras agências que financiam o desenvolvimento. Na realidade, as políticas, os programas e os projetos promovidos por essas instituições têm resultado, repetidas vezes, em mais pobreza, violência e destruição de florestas.
Um oxímoro é “uma afirmação que parece dizer duas coisas opostas”. O Banco Mundial tem muita experiência com oxímoros.
Essa é uma boa notícia para florestas, povos da floresta e o clima, porque a proposta da IFC visava subsidiar um mercado de carbono para os créditos oriundos de projetos de REDD+ do setor privado, para os quais não há demanda nem justificativa.
Mais de cem organizações assinaram esta carta aberta aos membros do Conselho do Fundo Verde para o Clima. O Conselho se reunirá de 12 a 14 de novembro de 2019 e decidirá sobre uma série de solicitações de financiamento relacionadas ao REDD+.
A construção de estradas, linhas ferroviárias e outras infraestruturas que ligam centros de produção e extração de recursos a grandes áreas de consumo está relacionada a formas profundamente antidemocráticas de planejamento elitista.
Apesar de o governo brasileiro ter anunciado cortes nas ações contra o desmatamento, o Fundo Verde para o Clima concedeu a ele 96 milhões de dólares por supostas reduções de emissões na Amazônia.
A criação da Reserva da Biosfera Maia legitima um modelo destrutivo: projetos de infraestrutura e energia de mãos dadas com Áreas Protegidas “sem gente”. Enquanto as ONGs de conservação engordam seus portfólios de projetos, comunidades camponesas e indígenas são deslocadas ou condicionadas a depender de ONGs e do mercado.
O governo do Laos decidiu fazer do país “a bateria da Ásia”, construindo grandes hidrelétricas ao longo do rio Mekong. Contudo, o recente rompimento da barragem de Xe-Pian Xe-Namnoy.