Luta contra as monoculturas de árvores
A busca de lucro pelas empresas impulsiona a apropriação de terras para estabelecer monoculturas industriais de árvores. Onde as plantações industriais se enraízam, as vidas e os territórios das comunidades são violentamente invadidos, suas florestas são destruídas e suas águas, poluídas. Quando as comunidades resistem, as empresas tendem a responder com agressão. Apesar dessa violência extrema, comunidades de todo o mundo resistem, se organizam e unem forças em defesa de seus territórios. Todo dia 21 de setembro é comemorado o Dia Internacional da Luta contra as Monoculturas de Árvores.
O Dia Internacional de Luta contra as Monoculturas de Árvores, 21 de setembro, reconhece a coragem e a força por trás dos processos de resistência contra as plantações industriais.
A empresa Palmas del Ixcán impôs-se na Guatemala com o que as comunidades chamam de “expropriação sistemática”. Apesar da criminalização, a resistência ganha cada vez mais força.
Mais de 10 mil pessoas foram expulsas para dar lugar às plantações de árvores da New Forests Company (NFC), empresa registrada no Reino Unido.
A empresa de dendezeiros Socfin representou violência para as comunidades. No entanto, as mulheres precisam enfrentar outro sistema patriarcal mais próximo de casa: os chefes tradicionais são.
As plantações de dendezeiros são um dos espaços mais inseguros para as mulheres, não apenas por causa das condições vulneráveis de trabalho, mas também por causa do potencial de violência sexual. (Disponível em indonésio)
O Grupo Korindo desmatou as florestas do Povo Kinggo para suas plantações industriais de dendê. Petrus Kinggo e outros líderes comunitários foram persuadidos a abrir mão de terras florestais tradicionais em troca de promessas enganosas e falsas. Agora, eles estão lutando contra o Korindo, certificado pelo FSC, apesar da contínua intimidação. (Disponível em indonésio).
Comunidades na África Ocidental e Central estão enfrentando os impactos das plantações industriais de dendê. Sob a falsa promessa de “desenvolvimento”, as empresas, apoiadas por governos, receberam milhões de hectares de terra para essa expansão.
As táticas e estratégias empregadas para impor controle da terra e operações extrativas nas florestas são muitas. A maioria dessas táticas e estratégias é constituída de atos criminosos.
A opressão patriarcal é inseparável do modelo de plantações industriais e fundamental para a forma como as empresas geram lucros. As empresas visam as mulheres, inclusive em função de seu papel central na vida das comunidades.
A grilagem de terras no Brasil é um exemplo claro de crime organizado, de roubo de terras das mãos dos pequenos agricultores.
O governo da Indonésia apoiou a chamada Lei Geral, dizendo que ela é “fundamental para atrair investimentos e, em última análise, gerar empregos”. Essa Lei é criticada por ser um ataque direto a territórios e comunidades que resistem há décadas à destruição cada vez maior no país. (Disponível em indonésien).
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