Lutas pelas florestas
Quando as empresas destroem florestas ou restringem – e até proíbem – o acesso de povos e populações a seus territórios, colocam-se em risco o modo de vida e até mesmo a existência das comunidades. O WRM apoia as lutas dos povos da floresta em defesa de seus territórios e pelo direito de decidir como viver e usar as florestas das quais dependem.
A luta das mulheres pelo reconhecimento pleno e digno de suas vidas e seus territórios começa por não permitir o avanço do modelo extrativista, mas deve se dar resolvendo a necessidade de as mulheres também tomarem decisões para fortalecer o controle político coletivo.
Embora a fumaça dos incêndios florestais no Brasil pudesse ser vista com facilidade nas reportagens da mídia, bem mais difícil era enxergar o que estava por trás da cortina de fumaça do governo brasileiro: ações que levarão a floresta a uma morte rápida.
Uma visão feminista dos Bens Comuns revela que a acumulação é contrária aos princípios básicos de compartilhar e sustentar: é garantindo que as necessidades definam a proporção da extração que se recebe da abundância da natureza.
A compreensão que a Climatologia tem sobre o clima é extremamente tendenciosa e excludente, sendo apenas uma visão entre muitas.
A empresa australiana Base Resources foi autorizada a destruir a Floresta Mikea desde que estabeleça um projeto de compensação, o que, por sua vez, implica severas restrições às comunidades para acessar suas terras e florestas.
Os povos indígenas de Camarões não apenas veem suas terras ameaçadas, sob forte pressão de investidores estatais e empresariais, mas também enfrentam um sistema judicial discriminatório, que tende a culpabilizá-los e criminalizá-los.
O governo alega que a pequena agricultura é responsável pelo desmatamento, mas essa declaração ignora as políticas do próprio governo para promover mudanças no uso da terra, os mercados destrutivos e a exclusão dos povos indígenas com a criação de reservas.
As condições de exploração do trabalho na indústria das plantações de dendezeiros na Indonésia são persistentes, e a maioria das principais vítimas é de mulheres.