A tradicional sesta de verão no mês de janeiro uruguaio foi interrompida, não só pelas constantes chuvas, mas também porque o avanço das empresas de celulose não dá trégua. Continua com a sua campanha propagandística, com base em falsidades, que depois são repetidas como verdades. Promessas e miragens a uma população com um elevado índice de desemprego, que está desesperadamente precisando de soluções.
Uruguai
Artigos de boletim
9 Dezembro 2005
Os impacto negativo das plantações de árvores sobre as florestas e os povos que moram nelas foi salientado pela WRM desde sua criação em 1986. A “Declaração de Penang em 1989, que apresentou a visão compartilhada pelos membros da WRM. Identificou as plantações de árvores como “ parte integral das políticas e das práticas que levam ao desmatamento no mundo afora em nome do desenvolvimento”.
Artigos de boletim
12 Novembro 2005
O importante projeto de instalação de duas fábricas de celulose no Uruguai, no rio do mesmo nome, tem provocado firme oposição, tanto dentro do país quanto entre a sociedade civil da vizinha província argentina de Entre Rios, que está localizada do outro lado do rio, a poucos quilômetros da área onde se instalariam as fábricas da espanhola Ence e a sueco-finlandesa Botnia.
Artigos de boletim
15 Junho 2005
O Uruguai está sob a mira da indústria da celulose. A multinacional finlandesa Metsa Botnia e a espanhola Ence pretendem instalar duas fábricas para a produção de celulose de eucalipto (“ao sulfato”) branqueada com dióxido de cloro (processo ECF), com um volume máximo de produção de 1 milhão de toneladas anuais Botnia, e 500.000 toneladas Ence, para exportação. As fábricas seriam instaladas às margens do rio Uruguai, que é dividido com a Argentina, à altura da localidade de Fray Bentos.
Artigos de boletim
20 Maio 2005
O Uruguai, um território beneficiado por uma profusa rede hídrica e com solos que se estendem sobre parte do aqüífero Guarani- um dos maiores do mundo- tem o logótipo de "país natural". Até que podia ser, com suas extensas pradeiras de ricos solos produtivos, com a abundância de água, o escasso desenvolvimento industrial e a baixa densidade de população.
Outra informação
22 Fevereiro 2005
Consumismo e pobreza são as duas pontas do atual mercado mundial do papel. Manipulação dos mercados, acordos de cartel, estabelecimento de preços e outras práticas similares outorgam a um grupo de empresas o poder necessário para controlá-lo. No meio disso, poluição do ar, da água e do solo, acumulação e estrangeirização da terra, aumento da escala, aprofundamento de uma forma de produção que cada vez requer menos trabalhadores. Uma cadeia de ações insustentáveis nessa área –cópia de outras- que deixa atrás qualquer sensibilidade e prudência com a natureza e as gerações atuais e futuras.
Outra informação
29 Junho 2004
O Uruguai tem sido um dos países da região que melhor e mais cedo tem cumprido com os deveres que outros lhe impuseram.
Já em 1951, uma missão conjunta da FAO e do Banco Mundial fez uma série de recomendações sobre o desenvolvimento florestal do país, que constituíram a base das leis florestais aprovadas em 1968 e 1987. Sua visão implicava a promoção de plantações de espécies aptas para a indústria madeireira no marco de um modelo exportador, para o que o manejo florestal é mais uma atividade empresarial ou fabril.
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12 Fevereiro 2004
No marco da Rede Plantas Medicinais da América do Sul, o Centro Uruguaio de Estudos em Tecnologias Apropriadas vem coordenando, no Uruguai, um trabalho em parceria de recuperação do saber popular e tradicional sobre o uso de plantas como remédios e alimentos.
Artigos de boletim
17 Outubro 2003
Como tantos outros países do Sul, o Uruguai foi convencido (pela FAO, o Banco Mundial e a Agência de Cooperação Internacional do Japão, entre outros) de que devia promover o plantio de árvores em grande escala. Desde o início, ficou claro que o objetivo era produzir matéria-prima em quantidade suficiente para a produção de celulose, e por isso foi promovido principalmente o plantio de eucalipto.
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3 Abril 2003
O plano florestal promovido pelo governo - baseado no plantio de grandes monoculturas florestais de eucalipto e pinheiro - prometia fartos benefícios para o país, entre eles, a geração de postos de trabalho. Ele não só não atingiu esse objetivo, mas, também, foi constatado que o escasso emprego gerado é basicamente temporário e em condições de trabalho, em geral, aquém do desejável. Os fatos ocorridos no início do presente mês são um claro exemplo daquilo que há tempos organizações ambientalistas vêm denunciando.
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4 Março 2003
O plano para a promoção florestal lançado pelo governo em 1988 - baseado na promoção de monoculturas florestais em grande escala - prometeu geração de emprego e entrada de divisas, através do aumento das exportações. Para atingir esses objetivos, o Estado uruguaio investiu fortemente, incluindo subsídios diretos, isenção de impostos, créditos brandos e investimento em infra-estrutura. Para o ano 2000, o Estado tinha destinado para o setor US$ 69,4 milhões em subsídios diretos.
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7 Novembro 2002
No Uruguai, todas as florestas são protegidas pela legislação e a sua exploração é proibida, a não ser que exista uma autorização expressa dos órgãos encarregados de cuidar de sua conservação. Portanto, nesse país, a certificação é um instrumento totalmente desnecessário para garantir a conservação das florestas. Não obstante, basta entrar na "lista de florestas certificadas", da página web do FSC, para descobrir a existência de 75 mil hectares de "florestas" certificadas no país.