As táticas e estratégias empregadas para impor controle da terra e operações extrativas nas florestas são muitas. A maioria dessas táticas e estratégias é constituída de atos criminosos.
Boletim 253 - Novemebre / Dezembro 2020
Crime, poder e impunidade nas florestas.
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Este Boletim tem artigos escritos por as seguintes organizações e indivíduos: The Corner House, Reino Unido; mulheres ativistas na Costa do Marfim, Serra Leoa e Camarões; membro da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Amapá, Brasil; seis mulheres e homens ativistas na Indonésia; Land Watch Thai, Tailândia; Dra. Bernice Maxton-Lee; e membros do Secretariado Internacional do WRM.
Boletim WRM
253
Novemebre / Dezembro 2020
NOSSO PONTO DE VISTA
CRIME, PODER E IMPUNIDADE NAS FLORESTAS
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14 Janeiro 2021Há muito tempo, os limites entre o “legítimo” e o “criminoso” são tênues. Na verdade, é possível dizer que o empreendimento capitalista convencional só prospera porque suas formas específicas de pilhagem, roubo, fraude e trapaça foram abençoadas com a água benta da “legalidade”.
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14 Janeiro 2021A opressão patriarcal é inseparável do modelo de plantações industriais e fundamental para a forma como as empresas geram lucros. As empresas visam as mulheres, inclusive em função de seu papel central na vida das comunidades.
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14 Janeiro 2021A grilagem de terras no Brasil é um exemplo claro de crime organizado, de roubo de terras das mãos dos pequenos agricultores.
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14 Janeiro 2021O governo da Indonésia apoiou a chamada Lei Geral, dizendo que ela é “fundamental para atrair investimentos e, em última análise, gerar empregos”. Essa Lei é criticada por ser um ataque direto a territórios e comunidades que resistem há décadas à destruição cada vez maior no país. (Disponível em indonésien).
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14 Janeiro 2021Como são definidos os crimes nas florestas? Na Tailândia, quem se tornou bode expiatório dessa destruição foram as comunidades que dependem da floresta, e não o governo e as empresas que desmatam em grande escala. (Disponível em tailandês).
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14 Janeiro 2021A certificação RSPO usou a crise de legitimidade do setor de óleo de dendê para reforçar seu papel em benefício dessa indústria, emitindo certificados que supostamente garantem padrões de sustentabilidade, mas são administrados por e para empresas relacionadas ao próprio setor.
RECOMENDADOS
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14 Janeiro 2021A Amigos da Terra organizou a primeira sessão do Tribunal dos Povos Africanos em Lagos, na Nigéria, em novembro de 2020. As comunidades afetadas e a sociedade civil apresentaram depoimentos sobre casos de violações dos direitos humanos e degradação ambiental relacionados às plantações de monoculturas de árvores em dez países da África. Em todos os casos, concluiu-se que bancos de desenvolvimento, bancos privados, fundos de investimento e fundos de pensão de todos os cantos do mundo controlavam e financiavam as polêmicas empresas de plantações voltadas à produção de borracha, óleo de dendê e madeira.
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14 Janeiro 2021A Focus on the Global South lançou recentemente seu boletim informativo com uma mensagem da Ásia, na qual, apesar da pandemia e todas as suas consequências, o clima dominante é de desafio – não de desespero. Enfrentando o risco de infecção e desafiando as leis de emergência que proíbem manifestações de massa e restringem em muito a liberdade de expressão, as pessoas têm se reunido nos últimos meses para defender a democracia participativa, a justiça e os direitos dos povos, e construir resistência contra a autocracia e o poder empresarial cada vez maiores na Índia, na Tailândia, na Indonésia, nas Filipinas e outros países.
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14 Janeiro 2021Os recentes chamados à ação para enfrentar a perda crítica de biodiversidade são esperados e muito bem-vindos, mas está faltando um debate paralelo sobre o “como”. Pode-se dizer que esse “como” é tão importante quanto o objetivo principal. A ONG Green Finance Observatory lançou um vídeo explicando as ameaças que estão por trás dos principais mecanismos usados para financeirizar ainda mais a destruição da natureza. Os instrumentos e iniciativas explicados no vídeo incluem Compensação, Soluções Naturais para o Clima, Emissões Líquidas Zero, Capital Natural, entre outros.