Lutas pelas florestas
Quando as empresas destroem florestas ou restringem – e até proíbem – o acesso de povos e populações a seus territórios, colocam-se em risco o modo de vida e até mesmo a existência das comunidades. O WRM apoia as lutas dos povos da floresta em defesa de seus territórios e pelo direito de decidir como viver e usar as florestas das quais dependem.
O povo indígena Karen, de Bang Kloi, retornou ao seu lar ancestral nas florestas de Kaeng Krachan, após anos de expropriação devido à criação de um Parque Nacional. As comunidades Karen estão se mobilizando em todo o país.
Como são definidos os crimes nas florestas? Na Tailândia, quem se tornou bode expiatório dessa destruição foram as comunidades que dependem da floresta, e não o governo e as empresas que desmatam em grande escala. (Disponível em tailandês).
Se antes as organizações conservacionistas se dedicavam a coletar dinheiro para criar áreas protegidas em florestas supostamente ameaçadas de destruição, hoje elas formam uma verdadeira “indústria” transnacional que administra e controla áreas que vão muito além de florestas.
A criação da Reserva da Biosfera Maia legitima um modelo destrutivo: projetos de infraestrutura e energia de mãos dadas com Áreas Protegidas “sem gente”. Enquanto as ONGs de conservação engordam seus portfólios de projetos, comunidades camponesas e indígenas são deslocadas ou condicionadas a depender de ONGs e do mercado.