Áreas protegidas
O modelo de conservação baseado em “parques sem pessoas” se originou nos Estados Unidos do século XIX, expandiu-se para outros países, e deu origem a uma indústria elitista de preservação, dominada por grandes ONGs. Tornou-se outra grande ameaça à sobrevivência física e cultural das comunidades que dependem da floresta, seus saberes e suas práticas tradicionais de conservação.
As dezenas de milhões de euros que o governo do Acre recebeu do governo da Alemanha para seu programa REDD+ não conseguiram conter o desmatamento. Mesmo sem “resultados” positivos, vários estados brasileiros continuam recebendo recursos do governo alemão.
Com a crise da Covid-19, as iniciativas de movimentos e coletivos, baseadas na economia feminista, têm ganhado força. A economia feminista nos leva a refletir sobre a atualização de mecanismos de controle, sem deixar de afirmar a capacidade de resistência e reconstrução dos corpos em movimento.
Ribeirinhos batwa, exasperados pela pobreza extrema que resultou de seu despejo para estabelecer o Parque Nacional de Kahuzi Biega, decidiu voltar às suas florestas ancestrais. Desde então, enfrentam regularmente os “ecoguardas”.
Uma tática fundamental para o gigante de celulose que continue expandindo suas plantações de eucalipto no Brasil, é se vender como uma empresa que pratica “conservação” e “restauração”, ocultando seu histórico desastroso de impactos sobre florestas e populações.
Casos de graves abusos no Parque Nacional de Salonga da República Democrática do Congo, por parte de guardas florestais apoiados por verbas da WWF e vários doadores internacionais, são apenas os mais recentes a ser documentados.