Artigos de boletim

No dia 26 de novembro de 2004, a legislatura da Província de Santa Fe aprovou uma lei de emergência ambiental que constitui uma moratória- suspensão- absoluta de desmonte, desmatamento, desflorestamento, queima ou destruição de montes e florestas nativas por um período de 180 dias, com adiamento de 180 dias a mais pelo poder executivo.
Em uma carta pública assinada por diferentes organizações sociais e personalidades do Brasil, a Rede Alerta Contra o Deserto Verde denuncia e rejeita a certificação através do programa do governo brasileiro CERFLOR, da enorme companhia plantadora e uma das maiores produtoras de celulose de eucalipto branqueada no estado do Espírito Santo, a Aracruz Celulose.
A Rainforest Alliance, baseada nos Estados Unidos está prejudicando os esforços dos grupos locais de conservação na Papua Nova Guiné que lutam para combater as atividades madeireiras ilegais e insustentáveis que estão amplamente espalhadas.
A Conferência das Partes da Convenção da UN sobre Mudança Climática, terá lugar em Buenos Aires- Argentina neste mês. Através da mídia, o público receberá a boa notícia de que o Protocolo de Kyoto foi aprovado apesar de o mair poluidor do mundo – os USA – se recusar a ratificá-lo. Muitas pessoas sentirão alívio ao pensarem que a crise do clima será agora resolvida.
O grupo indiano de Ação Ambiental Kalpavriksk fez, recentemente, uma re- impressão do relatório intitulado " Minando a Índia- Impactos da mineração sobre áreas ecologicamente sensíveis", que tinha sido publicado em março de 2003.
A Malásia é uma das maiores produtoras e exportadoras de madeira tropical do mundo. É a sede de muitas das principais companhias madeireiras transnacionais, incluindo a Rimbunan Hijau, um conglomerado global de companhias controladas pela família Tiong de Sarawak, na Malásia.
Parece que o caminho até o mercado mundial está pavimentado com boas intenções. E afirmações vazias, deveria acrescentar-se. O mundo industrializado rasga suas vestes diante da corrupção, que é atribuida aos governos dos países do Terceiro Mundo. E o Banco Mundial juntou algumas das companhias madeireiras líderes na África - principalmente européias- e ONGs ambientais para discutirem questões relacionadas com o Manejo Sustentável da Floresta na chamada “Iniciativa CEO”. Porém, os verdadeiros significados deveriam ser descobertos escavando nas declarações.
Como muitos outros países do Terceiro Mundo, levados pelas políticas globais de colonialismo e posterior neocolonialismo à pobreza e ao endividamento, o Congo tem uma dívida atual de 4.900 milhões de dólares. Como muitos outros governos do sul, assessorados por agências multilaterais para comerciar sua riqueza –recursos naturais-, o governo do Congo tem estado colocando maior ênfase no crescimento da indústria madeireira na Bacia do Congo, que tem as segundas maiores extensões de floresta tropical virgem do mundo, depois da floresta Amazônica na América do Sul.
Depois de décadas de governo despótico de Mobutu Sese Seko na República Democrática do Congo (RDC, antigamente Zaire), desencadeou-se uma guerra civil que cobrou as vidas de aproximadamente 3,5 milhões de pessoas. A massacre massiva que prevaleceu no país tem retrocedido –apesar de que muitas pessoas acham que apenas temporariamente. A guerra tem sido, pelo menos em parte, incentivada pela competição pelo controle dos recursos naturais.
O sistema Tongya ou “shamba” do Quênia foi definido, em geral, como uma forma de agroflorestação que encoraja os agricultores a cultivarem colheitas primárias (milho, bananas, favas e mandioca) em terras florestais públicas que previamente tinham sido desmatadas, sob a condição que eles replantassem árvores. Desde meados do século XIX, o Quênia adotou este sistema para estabelecer plantios de árvores usando trabalho barato ou totalmente gratuito, para conseguir tomar conta da demanda de madeira.
Os ambientalistas e a população local se colocaram contra um projeto de utilizar a rica biodiversidade dos Sundarbans, já que eles receiam que isso prejudique a maior floresta de mangue do mundo. O grupo Sahara estabelecido em Lucknow, em parceria com o estado, está implementando um enorme e controvertido projeto de "ecoturismo” nos Sundarbans. Os experts previnem que para essa região ecologicamente frágil seria mais prejudicial do que benéfico.
Na Cambodja, mais de 80% da população habita áreas rurais e 36% vive em extrema pobreza, e ganha menos de 50 centavos de dólar dos EUA por dia. Apesar de que muitos habitantes se ganham a vida com produtos da floresta, o desmatamento faz parte da política e a economia nacionais. Os críticos dizem que as autoridades locais e estaduais defendem as necessidades dos pobres da boca para fora.