Artigos de boletim

O sistema Tongya ou “shamba” do Quênia foi definido, em geral, como uma forma de agroflorestação que encoraja os agricultores a cultivarem colheitas primárias (milho, bananas, favas e mandioca) em terras florestais públicas que previamente tinham sido desmatadas, sob a condição que eles replantassem árvores. Desde meados do século XIX, o Quênia adotou este sistema para estabelecer plantios de árvores usando trabalho barato ou totalmente gratuito, para conseguir tomar conta da demanda de madeira.
Os ambientalistas e a população local se colocaram contra um projeto de utilizar a rica biodiversidade dos Sundarbans, já que eles receiam que isso prejudique a maior floresta de mangue do mundo. O grupo Sahara estabelecido em Lucknow, em parceria com o estado, está implementando um enorme e controvertido projeto de "ecoturismo” nos Sundarbans. Os experts previnem que para essa região ecologicamente frágil seria mais prejudicial do que benéfico.
Na Cambodja, mais de 80% da população habita áreas rurais e 36% vive em extrema pobreza, e ganha menos de 50 centavos de dólar dos EUA por dia. Apesar de que muitos habitantes se ganham a vida com produtos da floresta, o desmatamento faz parte da política e a economia nacionais. Os críticos dizem que as autoridades locais e estaduais defendem as necessidades dos pobres da boca para fora.
O grupo indiano de Ação Ambiental Kalpavriksk fez, recentemente, uma re- impressão do relatório intitulado " Minando a Índia- Impactos da mineração sobre áreas ecologicamente sensíveis", que tinha sido publicado em março de 2003.
A Malásia é uma das maiores produtoras e exportadoras de madeira tropical do mundo. É a sede de muitas das principais companhias madeireiras transnacionais, incluindo a Rimbunan Hijau, um conglomerado global de companhias controladas pela família Tiong de Sarawak, na Malásia.
No avanço dos grupos econômicos e de poder que apóiam a privatização, a globalização e a desregulação da economia, com o fim de chegar a comercializar os mais afastados espaços da vida, a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem sido um dos principais instrumentos.
Bem no interior da Amazônia Brasileira, um lenhador atravessa a fronteira com o Peru e invade as terras da tribo Ashaninka, derruba outro mogno antigo que é arrastado até o rio onde desce flutuando até um caminhão e dai é levado ao mercado internacional.
O Santuário da Natureza Carlos Anwandter no Rio Cruces, é o Sítio que o Chile incorporou em 1981 como zona úmida de Importância Internacional ao aderir à Convenção Ramsar, Convenção relativa às Zonas Úmidas de Importância Internacional, especialmente como Hábitat de Aves Aquáticas. Alberga grande diversidade de espécies de flora e fauna, especialmente de cisnes-de-pescoço-preto (Cygnus melancoryphus), uma ave migratória ameaçada. O Santuário e seus cisnes fazem parte da identidade e imagem dos povoadores da cidade próxima de Valdivia, estreitamente ligados à paisagem fluvial.
Faz exatamente seis anos tivemos a oportunidade de visitar o estado de Portuguesa na Venezuela com o intuito de conhecermos ao vivo e em cores a situação pela que estavam passando as populações locais de Morador e Tierra Buena com relação às extensas plantações de eucaliptos, pinheiros e melinas (Gmelina arborea) da empresa Smurfit Cartón da Venezuela, propriedade da transnacional Smurfit Corporation com sede na Irlanda.
Desde que a ciência florestal ocidental definiu as florestas como entidades predominantemente produtoras de madeira, os esforços se têm concentrado no aumento da produtividade de um único produto: a madeira. As florestas com diversidade foram simplificadas, cortando todas as espécies nas que a indústria não estava interessada, enquanto promovia a predominância absoluta de árvores “valiosas” na floresta.
Talvez eu esteja sendo naïve, mas realmente pensava que o Banco Mundial deveria ter um posicionamento sobre árvores transgênicas. O primeiro campo experimental de árvores transgênicas foi em 1988. Com certeza, eu pensava, 16 anos é tempo suficiente para os experts em planos de ação do Banco avançarem com alguma coisa.
Em junho de 2004, ativistas desconhecidos atacaram o último experimento remanescente de árvores geneticamente modificadas na Finlândia. Aproximadamente 400 árvores de bétula geneticamente modificadas foram derrubadas. Como deveríamos reagir agora? Essa foi a primeira pregunta para os que faziam campanhas contra as árvores geneticamente modificadas quando soubemos do ataque.