Artigos de boletim

Este artigo destaca quatro tendências que mostram como o setor de mineração continua se beneficiando da pandemia de Covid-19, enquanto segue causando destruição em todo o arquipélago. Os oligarcas das grandes corporações estão sequestrando a democracia ao perpetuar emergências, ao mesmo tempo em que uma nova ditadura vai sendo instalada sob a bandeira do capitalismo de mineração. (Disponível em indonésio).
Os setores do agronegócio estão ganhando na loteria com a Covid-19. Enquanto os lucros da pandemia continuam altos, o que chega às camadas inferiores da sociedade é devastação. As consequências são mortais. Uma nova onda de ajuste estrutural está a caminho, com foco no aumento dos investimentos estrangeiros no agronegócio e na exportação de commodities agrícolas.
Com a crise da Covid-19, as iniciativas de movimentos e coletivos, baseadas na economia feminista, têm ganhado força. A economia feminista nos leva a refletir sobre a atualização de mecanismos de controle, sem deixar de afirmar a capacidade de resistência e reconstrução dos corpos em movimento.
Verbas oriundas do esquema de Florestamento Compensatório do governo Indiano vêm sendo alocadas a medidas de alívio aos impactos da Covid-19. O esquema financiou plantações de árvores que invadem terras comunitárias e causou despejos ilegais em lugares que foram declaradas “Áreas Protegidas”. O processo não foi interrompido durante o confinamento.
Membros do Comitê Consultivo do WRM foram convidados a contribuir para este Boletim especial com reflexões sobre a situação devastadora do aprofundamento das injustiças que comunidades que dependem das florestas e famílias camponesas estão enfrentando devido à pandemia.
A crise ambiental, climática e social é uma realidade vivida por muitas pessoas, há muito tempo. Porém, em vez de reconhecer sua contribuição a essa crise, empresas e seus aliados usam a pandemia para ampliar seus esforços pela expansão das Áreas Protegidas.
O plano da indústria de conservação para dobrar o tamanho das Áreas Protegidas (APs) seria a solução para a perda de biodiversidade, as mudanças climáticas e, agora, até para a COVID-19! Mas as APs ​​não resolvam nada disso.
Quando a região de Chure foi declarada Área Protegida, os direitos de milhares de Grupos Comunitários que dependem da Floresta foram comprometidos. Esses grupos continuam resistindo, apesar da violência geral e do projeto do Fundo Verde para o Clima.
Ribeirinhos batwa, exasperados pela pobreza extrema que resultou de seu despejo para estabelecer o Parque Nacional de Kahuzi Biega, decidiu voltar às suas florestas ancestrais. Desde então, enfrentam regularmente os “ecoguardas”.
Em 2004, as ONGs de conservação e o Ministério das Florestas foram pioneiros em um modelo chamado Concessões para Restauração de Ecossistemas. Este artigo analisa mais de perto esse modelo no contexto de novas e antigas ameaças às florestas. (Disponível em indonésio).
Uma tática fundamental para o gigante de celulose que continue expandindo suas plantações de eucalipto no Brasil, é se vender como uma empresa que pratica “conservação” e “restauração”, ocultando seu histórico desastroso de impactos sobre florestas e populações.
As interdependências que ocorrem dentro e entre comunidades das florestas – em vez dos discursos masculinos de conquista – ajudam a esclarecer suas práticas de conservação. Em essas interdependências estão as histórias das mulheres.