Artigos de boletim

A empresa de dendezeiros Socfin representou violência para as comunidades. No entanto, as mulheres precisam enfrentar outro sistema patriarcal mais próximo de casa: os chefes tradicionais são.
As plantações de dendezeiros são um dos espaços mais inseguros para as mulheres, não apenas por causa das condições vulneráveis de trabalho, mas também por causa do potencial de violência sexual. (Disponível em indonésio)
Suzano, a maior produtora mundial de celulose de eucalipto, busca intensificar suas operações com os chamados ‘títulos verdes’, como forma de financiamento de seus projetos de expansão.
A região de Sangha está sob controle total de três concessões. Todas têm origens coloniais e continuam utilizando guardas contra os habitantes da floresta para impedir que façam uso de suas terras ancestrais.
Este artigo destaca as vozes de Justiça Ambiental! em Moçambique e WoMIN, uma aliança ecofeminista africana.
Este boletim tem como objetivo refletir sobre a extração, a violência e a opressão relacionadas à chamada “transição” energética e sua camuflagem “verde”. Uma transição do quê? Para quê?
Os carros elétricos se tornaram o símbolo da economia de “baixo carbono”. Os impactos negativos dos minerais e metais extraídos para sua fabricação costumam ser minimizados, apesar das milhares de áreas de mineração e da infraestrutura prejudicial que vêm com o processo.
A balsa é um importante insumo para os moinhos de vento, e o Equador é o maior exportador mundial dessa madeira. A invasão da China, da Europa e dos Estados Unidos por milhões de aerogeradores implica a derrubada de uma grande quantidade de árvores de balsa.
A infraestrutura de energia renovável em escala industrial ressurgiu na agenda da “transição energética” e como parte dos planos de recuperação contra a pandemia. Aprodução do chamado “hidrogênio verde” a partir desses projetos acrescenta outra camada de injustiças.
Nos modelos dominantes de produção e consumo de energia, a centralização da matriz energética e a concentração do poder decisório permanecem, e com todas suas marcas de desigualdades, do patriarcado e do racismo ambiental, mesmo quando mude a a fonte de energia.
A chamada “economia digital” costuma ser promovida como se tivesse um impacto relativamente baixo sobre o meio ambiente e muito pouca necessidade de recursos materiais. Mas o que (e quem) está sendo ocultado por essas imagens de uma economia quase etérea e mais limpa?