Artigos de boletim

As empresas Forestal Mininco e Forestal Arauco concentram a grande maioria das atividades florestais no Chile, com quase dois milhões de hectares para monocultivos de espécies exóticas, principalmente pínus e eucalipto. Apesar da resistência, das denúncias e das graves críticas de diversas organizações e comunidades indígenas Mapuche, ambas as empresas foram certificadas com o selo FSC por consultorias estrangeiras.
  Este último boletim do Movimento Mundial pelas Florestas em 2014 trata de uma questão que, de algum modo, está presente em todas as lutas locais e nas questões relacionadas, sobre as quais este boletim informa todos os meses. Embora não seja especificamente sobre uma questão relacionada a florestas ou à plantação de árvores, trata de algo que envolve as comunidades que dependem da floresta e à qual nos parece muito importante dedicar um boletim do WRM: o complexo debate sobre alternativas.
    Há uma velha piada nos Estados Unidos sobre uma promotora pública que começa a construir a acusação contra a máfia em sua cidade. Um dia, ela recebe uma visita misteriosa de vários senhores grandes, educados e bem vestidos. Com calma, eles se sentam confortavelmente em cadeiras em torno à mesa dela. Após o café ser servido, o líder pigarreia e começa a falar:
São quase dez anos de tentativas por parte de bancos, empresas, governos e ONGs para mostrar ao mundo que o REDD+ é um bom mecanismo para combater as mudanças climáticas. Buscando aprender, como WRM, sobre as políticas de REDD+ que já foram desenhadas e sobre os muitos projetos experimentais implantados, o que vemos é um mecanismo cada vez mais fracassado e com muitas contradições (veja mais informações sobre REDD+ na página do WRM).
Por Joanna Cabello, Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM). Este documento é parte da Revista "Biodiversidade, sustento e culturas" No. 79, publicada conjuntamente pela organização GRAIN, Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM) e Amigos da Terra da América Latina e do Caribe (ATALC) em dezembro de 2013.
A ONG Survival International revelou graves violações sofridas pelos “pigmeus” bakas, no sudeste de Camarões, e praticadas pelos esquadrões contra a caça ilegal, apoiados e financiados pelo World Wide Fund for Nature (WWF). Os bakas estão sendo expulsos ilegalmente de suas terras ancestrais em nome da “conservação”, porque grande parte dessas terras foi transformada em “áreas protegidas” – incluindo zonas para safáris de caça.
Os indígenas Matsés lutam para impedir que a empresa petrolífera canadense Pacific Rubiales, que pertence ao grupo Soros, destrua seu território e ponha em risco suas vidas e florestas. Um dos lotes da empresa, na fronteira com o Brasil, está em uma área proposta como Reserva Nacional para, em teoria, protegê-los. Outro de seus lotes foi demarcado em cima do território dos Matsés, do qual eles têm título de propriedade. No entanto, eles continuam lutando. “Nossos antepassados sempre nos disseram que os estrangeiros começaram os conflitos.
Enquanto a Malásia e a Indonésia produzem mais de 85% do óleo de dendê (palma) do mundo, a Índia é seu maior importador. Para impulsionar o cultivo do dendê, o Ministério da Agricultura apresentou um programa especial sobre “Expansão da Área de Dendê” em 2011-2012, que visa aumentar a produção do óleo de dendê nos 12 estados, de 50.000 para 300.000 toneladas nos próximos cinco anos.