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As monoculturas de eucaliptos avançam por vastas áreas do país, ocupando territórios de povos tradicionais, provocando deslocamentos, expulsando as pessoas do campo e contribuindo assim à formação dos cinturões de pobreza e o decorrente contexto de violência e criminalidade. E como se isso não bastasse, cobram seu pedágio de sangue.
A perda de terras e de acesso aos recursos naturais está alimentando a crise econômica e de sustento entre as comunidades rurais cambojanas. “As pessoas vêm sendo despojadas de suas terras por aqueles que detêm o poder político e o dinheiro,” escreveu Shalmali Guttal em um recente informe para a organização Focus on The Global South.*
Em dezembro passado, quatro pessoas (um camaronês, um casal suíço e um uruguaio) percorríamos o caminho público que atravessa as plantações de dendezeiros da Socapalm (Société Camerounaise des Palmeraies) na região de Kribi. Ao chegarmos à barreira de controle instalada pela empresa –que já tínhamos atravessado mais cedo nesse mesmo dia- fomos detidos por um guarda de segurança particular, que nos exigiu nossos documentos de identidade.
O Tribunal Permanente dos Povos – Capítulo Colômbia se reuniu em 26 e 27 de fevereiro de 2007 no Baixo Atrato para julgar as empresas transnacionais pelo assunto da biodiversidade e a exploração dos recursos naturais na Colômbia. As comunidades e as organizações sociais participantes –entre elas as ambientais- acusaram a Smurfit Kapa – Cartón de Colombia "por violação de direitos humanos, ambientais, sociais e culturais.
As plantações da Sappi na Swazilândia são o exemplo perfeito do que há de errado com as plantações industriais. A experiência de mais de cinqüenta anos com plantações não contribuiu em nada para o desenvolvimento da população do país. Houve destruição de pradarias com grande variedade de espécies e deslocamento de pessoas para abrir caminho às plantações que foram estabelecidas como um projeto de “ajuda” britânico na década de 1950. As plantações são monoculturas de pinheiros- uma árvore exótica para a Swazilândia.
Disponível apenas em espanhol. Por Raúl Zibechi Desde que el proyecto del ALCA fracasó en la Cumbre de Mar del Plata, en noviembre de 2005, el viaje de George W. Bush a Brasil y Uruguay, como parte de una gira que lo lleva también a México, Guatemala y Colombia, es el más ambicioso intento por volver a posicionarse en la región. El eje de la nueva estrategia de integracion disenado desde Washington es el acuerdo sobre etanol con Brasil.
No ano passado, aproximadamente 170 granjeiros se encontraram na comunidade rural de South Riana para exprimir suas preocupações e ver a forma de evitar que terras agricultáveis valiosas sejam transformadas em plantações madeireiras. Estavam preocupados pelo futuro da área –baseada em empresas de laticínios e agrícolas bem sucedidas- e pediram ao governo da Tasmânia que abolisse o desenvolvimento das plantações de árvores em terras agrícolas de primeira.
No sul do estado brasileiro da Bahia, a aproximadamente 45 quilômetros da costa oceânica, na divisa entre os municípios de Eunápolis e Belmonte está localizada a fábrica de celulose da Veracel, uma sociedade em partes iguais do grupo sueco-finlandês Stora Enso e a Aracruz do Brasil, que dirige hoje um dos projetos de cultivo e industrialização de eucalipto de maior escala no mundo.
Conforme a definição da FAO, as plantações de borracha são “florestas”. Recentemente, percorremos uma dessas “florestas” em Kribi, Camarões e falamos com trabalhadores e moradores locais. À diferença dos “especialistas” da FAO, ninguém- ninguém mesmo-considera essas plantações como florestas.
A ONG indiana Samata e o Forest Peoples Programme do Reino Unido têm descoberto que o plano de ação de reassentamento (RAP) do Andhra Pradesh Community Forest Management Project – APCFMP (Projeto de Manejo Comunitário das Florestas de Andhra Pradesh) financiado pelo Banco Mundial mina os direitos e meios de vida tradicionais e viola multiplamente as políticas de salvaguarda do Banco sobre Povos Indígenas e Reassentamento Involuntário.
A queniana Wangari Maathai, ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2004, vice- ministra do Meio Ambiente e Recursos Naturais e integrante do Parlamento fundou, em 1977, o Movimento Cinturão Verde, que se estendeu desde o Quênia e através do continente africano.