Com o discurso ideológico do grande capital travestido de desenvolvimento sustentável e salvador dos pobres, gigantes da celulose avançam sobre o Estado do Rio Grande do Sul. Com seu capital pagam campanhas eleitorais, financiam propagandas enganosas, e manipulam o poder público ao seu bel-prazer.
Outra informação
O Governo do Estado da Bahia, através do Centro de Recursos Ambientais (CRA), realizou nos dias 07 e 08 de novembro um seminário com o objetivo de “iniciar um processo de discussão e reflexão sobre as perspectivas ambientais, sociais e econômicas da atividade de silvicultura de eucalipto no sul e extremo sul do estado, tendo como base uma abordagem territorial, com foco na construção e consolidação de políticas públicas para a região.
Para que grandes extensões de plantios industriais de árvores fossem viáveis no Brasil, estabeleceram-se estreitas interações entre governo, empresas, bancos, universidades, mídia além de instituições internacionais, financeiras, produtoras e compradoras. Numa grande orquestração política, criaram mecanismos legais, tributários, financeiros, técnicos e científicos, agrários, logísticos. Do mesmo modo articulações contrárias a estas políticas cresceram à medida da expansão dos monocultivos.
A invasão de territórios de populações locais pelo projeto agroindustrial da Aracruz Celulose S.A., implantado nas décadas de 1960 e 1970, no Espírito Santo, causou enormes perdas materiais e simbólicas para as populações indígenas e quilombolas. Algumas delas são irrecuperáveis.
Entre os anos de 2001 e 2005 era possível comprar nos EUA uma placa de madeira compensada fabricada pela companhia Pizano S.A., uma das maiores empresas florestais da Colômbia. A placa estava fabricada em parte com madeira provinda de plantações certificadas pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal) e o resto provinha de florestas naturais do Nordeste da Colômbia, florestas nas que a guerrilha, os grupos paramilitares e o Exército combatiam pelo controle do território e seus recursos naturais. Portanto, as placas de madeira compensada estavam manchadas com sangue.
Mais cedo neste ano, em uma tentativa de desencorajar o uso de sacolas plásticas, o governo queniano lançou um imposto de 120 por cento sobre o plástico. Enquanto o imposto poderia parecer uma decisão favorável para o meio ambiente, poderia resultar em sérios impactos para o meio ambiente. Um dos beneficiários da decisão será a Pan African Paper Mills, de propriedade parcial do governo.
No final de julho, grandes incêndios arderam em parte da Suazilândia e no leste da África do Sul. Os incêndios deixaram um saldo de mais de 20 pessoas mortas, mataram rebanhos e animais silvestres, e deixaram lares queimados e plantações e lavouras destruídas. Em ambos países, as equipes contra incêndios e o pessoal de emergências foram exigidos demais. Foi uma catástrofe de grandes dimensões.
Durante anos, o WRM tem estado documentando os impactos sociais e ambientais das monoculturas de árvores. No entanto, até agora não tínhamos as informações sobre o ponto de saída da cadeia: os viveiros onde são produzidas os milhões de plantas destinadas a ser plantadas. Recentemente foi concluída uma pesquisa sobre as condições de trabalho e o uso de agrotóxicos nos viveiros das duas maiores empresas florestais certificadas no Uruguai pelo Forest Stewardship Council (FSC): a Eufores (Ence- Espanha) e a FOSA (Metsa Botnia- Finlândia). (1)
Disponível apenas em inglês ou espanhol.
Documento de posición del Sur Global sobre Soberanía Alimentaria, Soberanía Energética y la transición hacia una sociedad post-petróleo
Quito, Setiembre 2007
Disponível apenas em espanhol.
Nota que da cuenta de la indudable existencia de grúpos indígenas nómadas en aislamiento voluntario en la Amazonía sur oriental del Perú - Intendencia de Áreas Naturales Protegidas, Lima, setiembre 2007
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Comunicado à imprensa - Setembro 2007
Os estudos voltados para a segurança e a saúde dos trabalhadores das plantações florestais são escassos no mundo todo e geralmente o setor fica imerso no ítem mais amplo da indústria florestal, que abrange também as atividades de desmatamento e exploração madeireira na floresta.