Outra informação

Disponível apenas em espanhol. Por Silvia Ribeiro *
Há alguns meses, tanto no Uruguai quanto no sul do Brasil começaram a circular reiterados depoimentos, tanto de funcionários da empresa sueco- finlandesa Stora Enso, quanto das altas hierarquias dos governos de ambos países, sobre as vantagens que terá para a população local a instalação de fábricas de celulose dessa empresa na região.
O estabelecimento de monoculturas de árvores de rápido crescimento para produzir a chamada madeira rápida se tem acelerado no Camboja depois da transição do país para uma economia orientada ao mercado no começo da década de 90. As plantações propostas e estabelecidas de acordo com o paradigma de desenvolvimento das ‘concessões econômicas’ incluem as madeiras rápidas da acácia, do pinus e do eucalipto. A maioria dessas concessões econômicas violam a lei cambojana e há pouca evidência de que outorguem os benefícios propostos e renda para o estado.
O estudo realizado pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) “Preliminary Review of Biotechnology in Forestry Including Genetic Modification” (ftp://ftp.fao.org/docrep/fao/008/ae574e/ae574e00.pdf), publicado em dezembro de 2004 resumiu o estado da biotecnologia na atividade florestal em geral, fazendo referência especificamente à modificação genética das árvores. Em suas constatações informa sobre 225 testes de campo ao ar livre de árvores GM no mundo inteiro, em 16 países.
Seja onde for que as plantações de árvores estejam estabelecidas no Sul, os governos providenciam aos investidores uma série de subsídios. Na Indonésia, o governo tem distribuído bilhões de dólares para o desenvolvimento das plantações de árvores. Os setores da plantação e da celulose também têm recebido um generoso apoio assistencial. O Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento financiaram pesquisas na década de 1980. Várias agências de crédito para a exportação ajudaram a financiar a construção de fábricas de celulose.
Na edição anterior (Boletim Nº 109 do WRM) fazíamos referência à promoção das plantações de dendezeiros, denunciando seus impactos sobre a floresta amazônica e os camponeses deslocados. O ímpeto “plantador” continua, também com outro tipo de árvores exóticas. Em julho do presente ano se apresentou o Plano Nacional de Reflorestamento, que promove plantações florestais com fins comerciais e industriais e que foi aprovado em janeiro do presente ano. O plano se propõe um ritmo anual de plantação daqui até 2024 de 104.500 hectares.
A história da indústria das plantações na África do Sul pode ser comparada com o desenvolvimento de plantações em outros países do Sul: no Brasil, a Aracruz Celulose foi desenvolvida sob uma ditadura militar; na Indonésia, o boom da celulose foi planejado e colocado em andamento durante o regime de Suharto; Camboja, Tailândia e Chile são outros exemplos de como a opressão do Estado tem beneficiado as companhias madeireiras e a indústria da polpa.
Nós, entidades e indivíduos da Rede Alerta contra o Deserto Verde/Brasil, abaixo signatários, queremos expressar nossa grande preocupação com o histórico e o destino das certificações FSC no Brasil, legitimando monoculturas de árvores em larga escala, ainda que já exaustivamente demonstrada a sistemática violação de direitos sociais, ambientais e econômicos no entorno desses grandes plantios agroquímicos.
Los abajo firmantes deseamos expresar nuestros motivos de preocupación en torno a la certificación de plantaciones en nuestro país por parte del FSC, que está otorgando un sello verde a monocultivos que ya han demostrado ser social y ambientalmente destructivos. Estamos al tanto de que el FSC está llevando a cabo una revisión de su política de certificación de plantaciones y tenemos la esperanza de que el resultado sea que en el futuro este tipo de plantaciones no serán más certificadas por el FSC.
En Galicia, sufrimos desde hace muchos años las consecuencias de la nefasta influencia de la empresa ENCE en nuestro medio natural y en nuestra economía.
Los abajo firmantes deseamos expresar nuestros motivos de preocupación en torno a la certificación de plantaciones en nuestro país por parte del FSC, que está otorgando un sello verde a monocultivos que ya han demostrado ser social y ambientalmente destructivos. Estamos al tanto de que el FSC está llevando a cabo una revisión de su política de certificación de plantaciones y tenemos la esperanza de que el resultado sea que en el futuro este tipo de plantaciones no serán más certificadas por el FSC.