Artigos de boletim

O ano de 2023 terminou com uma vitória da luta popular pela defesa da vida no Panamá, que teve repercussões em todos os lugares do planeta onde há processos de defesa territorial e resistência diante de conflitos ambientais.
No contexto da recente conferência climática da ONU em Dubai, propomos a releitura do artigo Climatologia/Ideologia, do Boletim 247 do WRM, publicado em janeiro de 2020.
Neste editorial, queremos reconhecer a contribuição que o povo equatoriano tem dado ao mundo no atual caminho de luta por territórios livres da exploração petrolífera, em um contexto em que as elites e as empresas de petróleo continuam agarradas ao poder e aos lucros que obtêm dos combustíveis fósseis
As lutas pela terra nos estados do Nordeste da Índia podem piorar com a pressão para expandir as plantações de dendezeiros em terras de pequenos agricultores e povos indígenas, ameaçando a sua soberania alimentar e a prática ancestral do Jhum (cultivo itinerante). Além disso, uma nova Emenda à Lei Florestal facilitará essa expansão, comprometendo ainda mais as florestas e os Povos Indígenas da região.
Resposta do WRM referente à “Nota de esclarecimento” da Biofílica Ambipar sobre o artigo da autoria do WRM intitulado "REDD e a Economia Verde agravam opressão e desmatamento no Pará, Brasil", publicado no boletim do WRM de julho de 2023.
As monoculturas de árvores cobrem mais de sete por cento do território uruguaio. As consequências dessa enorme expansão levada a cabo por um punhado de empresas, principalmente em bacias hidrográficas e campos, foram devastadoras. Este ano, quase metade da população urbana ficou sem acesso a água potável – um alerta sobre a mudança drástica que é urgente para que o Uruguai mantenha a sua água.
Com o apoio de financiamento internacional, o Parque Nacional Kahuzi-Biega causou o despejo forçado e violento do Povo Indígena Batwa. O governo da RDC aprovou recentemente uma nova lei sobre os Direitos dos Povos Indígenas que, embora seja um avanço, não se aplica às terras que já foram classificadas como áreas protegidas nem faz qualquer menção a injustiças históricas.
Desta vez queremos recordar um Boletim que contém dez importantes contribuições sobre o tema dos ‘direitos’.
Os intercâmbios entre ativistas colocam no centro as vozes de quem luta para defender seus territórios. Em setembro, membros de comunidades de Brasil e Moçambique se conectaram mais uma vez para articular suas lutas e histórias, o que contribuiu para fortalecer a solidariedade na luta contra as plantações industriais de árvores.
A economia ‘verde’ transmite a ideia de que é possível enfrentar o caos climático sem enxergar o vínculo direto entre a poluição e as estruturas de poder. Seus programas ‘verdes’ permitem que a demanda por energia siga crescendo e, portanto, também cresça a acumulação de lucros e injustiças. Sendo assim, ela é uma cara ‘verde’ para o mesmo sistema econômico violento, patriarcal, colonial e racista.
Na ‘economia verde’ os interesses das corporações, dos Estados e da ‘indústria de preservação’ se entrelaçam entre si. Todos, de uma ou de outra forma, lucram com a destruição das florestas e expulsão de comunidades de seus territórios. No Pará, o número de projetos REDD está crescendo, enquanto o governo estadual busca implementar um programa REDD jurisdicional que abrange o estado inteiro.
Este artigo conta a história de um grupo de mulheres de Kalimantan, chamado “Hurung Hapakat”, que significa “Trabalhando Juntas”. Coletivamente, e enfrentando grave repressão, elas retomaram e trabalharam algumas terras das plantações de dendezeiros, para também retomar sua soberania alimentar, sua dignidade e sua sabedoria. E não estão sozinhas.