Artigos de boletim

Mulheres do Vale do Ribeira -estado de São Paulo, Brasil- tem se dedicado a travar uma luta contra a concessão de um dos mais importantes parques turístico da região. Sua luta é fundamental e junta-se às mais diversas resistências contra a corrente privatizante de criar 'territórios sem gente.' Eles nos lembram que seu território é e está enraizado em suas histórias, vozes e resistências.
Os movimentos coloniais e anticoloniais influenciaram profundamente a definição dos padrões e impactos das concessões no Sudeste Asiático. Em alguns casos, as comunidades perderam suas terras por meio de apropriações disfarçadas de concessões. Em outros, as concessões fazem parte de uma reconcentração da propriedade da terra. Em ambos, o modelo de concessão se encaixa bem nas ideologias de modernização.
Atualmente, a indústria da conservação está promovendo a ideia de “comprar” Concessões de Conservação e reconstituí-las como modelos de negócios com fins lucrativos. Um caso em questão é a “African Parks network” (Rede de Parques Africanos), que administra 19 Parques Nacionais e Áreas Protegidas em 11 países da África.
Convidamos vocês a refletir junto a uma militante que, a partir de suas lutas no Brasil, explora os processos de resistência e os desafios enfrentados.
O Povo Balik arcará com os impactos dos planos de construção do megaprojeto da Nova Capital da Indonésia em Bornéu. As autoridades e as elites empresariais do país certamente estão entre os beneficiados. (Disponível em indonésio)
O governo argentino continua subsidiando as plantações industriais de árvores, agora também como política contra as mudanças climáticas. Da expropriação e da apropriação de terras ao desmatamento e ao aumento dos incêndios, os pinus vêm devastando territórios e comunidades.
A falsa ideia de que as plantações industriais são uma solução para a crise climática é uma oportunidade de ouro para fundos de investimento como o Arbaro, que usa o escasso financiamento climático para expandir monoculturas destrutivas.
A Suzano esteve presente nas negociações climáticas da ONU de 2021 por um motivo principal: promover as plantações de árvores como uma “solução” para as mudanças climáticas, com o nome de “soluções baseadas na natureza”. A empresa busca lucrar cada vez mais com as chamadas políticas climáticas.
A Cúpula da ONU sobre Apropriação de Terras, em Glasgow, deixou claro, mais uma vez, que esses espaços nunca promoverão as soluções já existentes para a crise climática.
Lideranças indígenas relatam a experiência de seu povo na luta contra uma das maiores empresa de plantação de eucalipto e produção de celulose do mundo: a Aracruz Celulose – a atual Suzano Papel e Celulose.
A empresa afirma oferecer soluções para as mudanças climáticas por meio do plantio de monoculturas de árvores. Essa afirmação errada e enganosa esconde a realidade concreta: concentração de terras, desmatamento, destruição de pastagens e muitos prejuízos sociais.
Incêndios florestais e desmatamento são instrumentos para a consolidação da grilagem de terras que acompanha a expansão da fronteira agrícola capitalista sobre territórios de povos indígenas e comunidades tradicionais