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Wangari Maathai e Florence Wambugu têm enfoques totalmente opostos a respeito da plantação de árvores no Quênia. O enfoque de Maathai é anti-colonialista e empodera as pessoas que plantam árvores. O enfoque de Wambugu é neocolonialista e faz com que as pessoas que plantam árvores dependam da biotecnologia.
Os patrocinadores das plantações de árvores com fins industriais alegam que as plantações podem mitigar a pressão sobre as florestas naturais. A indústria da celulose e do papel do Brasil apresenta esse mito para a propaganda pró-indústria. Em vez de plantar menos madeira em menos terra, a indústria planta mais madeira em mais terra. Todo ano, a área de plantações aumenta e todo ano a área de florestas diminui.
O setor florestal chileno parece não poder aceitar limites para a expansão de suas monoculturas de pinheiros e eucaliptos. Por um lado, tem recorrido à repressão e às mentiras para enfrentar a oposição local. Por outro lado, tem se espalhado a outros países, tais como a Argentina e o Uruguai, onde tem instalado tanto plantios quanto empresas madeireiras e de celulose, ampliando assim seus impactos a outro ambientes e populações.
Os 21.000 Yanomami que vivem nos 360 assentamentos amplamente espalhados nas montanhas e colinas com florestas entre a Venezuela e o Brasil estiveram sem contato com os ocidentais por muito tempo, até metade do século 20. Em seus mitos os Yanomami lembram uma época bem distante quando viviam ao longo de um grande rio “antes de sermos afugentados para as terras altas”, mas para o momento em que sua existência é registrada pela primeira vez na metade do século 18, já estavam bem estabelecidos na Serra Parima entre o Rio Branco e o Alto Orinoco.
O povo indígena “pigmeu” Twa da região dos Grandes Lagos da África Central é originalmente um povo caçador-coletor das montanhas, que habita as florestas de grande altitude que rodeiam os Lagos Kivu, Albert e Tanganyika, áreas que agora fazem parte de Ruanda, Burundi, Uganda e o leste da República Democrática do Congo (RDC). Estima-se a população atual de Twa está entre 82.000 e 126.000 pessoas.
Os Malapantaram são uma comunidade nômade de aproximadamente 2000 pessoas que moram nas florestas altas das Montanhas Ghat no sul da Índia. Os primeiros escritores as descreviam como “povos selvagens” e como “montanheses errantes incertos” e tendiam a percebé-los como isolados sociais, como sobreviventes de alguma cultura da floresta prístina.
Quando no final da Primeira Guerra Mundial os australianos assumiram o controle da colônia alemã da Nova Guiné de acordo com um mandato da Liga de Nações para proteger os povos nativos, acreditava-se que a Nova Guiné tinha apenas uma população escassa, cuja maioria estava ao longo da costa. Acreditava-se que o interior montanhoso era uma mistura de colinas tropicais quase vazias e impenetráveis. No entanto, agora se sabe que os vales montanhosos da Nova Guiné têm estado por muito tempo entre as áreas agrícolas mais densamente povoadas do mundo.
Muitas pessoas ignoram que ainda existem indígenas que voluntariamente vivem em isolamento – tanto contatados quanto não contatados – principalmente nas regiões tropicais. As pessoas também desconhecem o impacto produzido pelo contato forçado ou livre destes indígenas com o mundo exterior. Para gerar conhecimento e apoiar sua condição, nós focalizamos o boletim todo nesse assunto, em colaboração com o Forest Peoples Programme e com outras organizações e indivíduos que trabalham para proteger os direitos desses indígenas.
Carta conjunta enviada --por 56 organizaciones del Sur y 65 del Norte (muchas de estos ultimos de los paises del oriente de europa) además de 3 firmas de individuos-- al BM y a la CFI  Mr. James Wolfensohn President World Bank Group 1818H Street, NW Washington DC 20433
Repetindo a história da maioria dos países Sul, a Costa do Marfim herdou do período colonial o papel de exportador dos produtos da agrícolas tropicais. Além do marfim que deu nome a este país, antes da colonização, a Costa do Marfim tinha bem menos coisas a oferecer ao comércio do que seu país vizinho do leste, Gana, que tinha mais ouro. Assim, quando os franceses chegaram à região, na década de 1880, acharam muito simples utilizar as grandes extensões de densa floresta tropical com suas terras férteis para a produção agrícola.
Mesmo com estimativas conservadoras, ainda existe menos da quarta parte da floresta pré-colonial de Gana. Os lenhadores e os políticos causaram a maior parte do desmatamento, embora queiram colocar a culpa nos agricultores. Porém, o fato é que ao longo do século XX, os agricultores tiveram muito pouco controle sobre suas árvores e terras. Os colonizadores ingleses deram os direitos sobre a madeira a chefes que imediatamente os venderam a lenhadores ou mandaram derrubá-los e sustitui-los com lavouras de cacau.
O Senegal começou a estar em contato com o comércio europeu em 1444 quando os portugueses estableceram locais comerciais à beira do rio Senegal: Goree (que eventualmente virou o maior ponto de passagem de escravos), Rusfique e ao longo do sul todo.