Em setembro de 2015, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) realizará o Congresso Florestal Mundial, em Durban, África do Sul, sobre o “Futuro Sustentável” das florestas. Do evento, dominado pela indústria madeireira, também participam formuladores de políticas. A definição de florestas da FAO, usada também nas negociações da ONU sobre o clima, abre caminho à destruição das florestas ao permitir sua substituição por monocultivos industriais de árvores.
Outra informação
Uma investigação com foco no porto fluvial de Pucallpa, Ucayali, na Amazônia peruana, revela que as mulheres que atendem nos bares ao redor do porto e aquelas dedicadas ao trabalho de cozinha nos acampamentos madeireiros (legais e ilegais) são vítimas constantes da exploração sexual, e muitas delas são também vítimas de tráfico para fins de exploração sexual.
Um relatório da Rainforest Foundation, do Reino Unido, mostra como as tentativas de manejo florestal comunitário na Bacia do Congo ainda não conseguiram transferir direitos ou benefícios significativos às comunidades locais. Apenas cerca de 1% do total da Bacia está sob controle ou gestão formais das comunidades locais, enquanto a exploração de madeira em escala industrial representa, de longe, o maior uso da terra na região.
Florestas antigas estão deixando de ser terras protegidas no Camboja a um ritmo inédito, de acordo com um novo relatório do grupo Forest Trends. Nos últimos anos, o governo do país concedeu o que se chamou de Concessões Econômicas de Terras (CET) a grandes empresas de agronegócio que quisessem explorar a terra. Sob pretexto de criar uma plantação de seringueiras, por exemplo, as árvores são cortadas e exportadas.
A maioria das florestas da bacia do Congo foi dividida em concessões, áreas de conservação e uso da comunidade, e a maior parte das florestas da África Central está sob concessões florestais industriais. Comunidades que dependem da floresta foram totalmente excluídas dos processos de decisão.
Em 2013, a República Centro-Africana mergulhou em um conflito que já custou mais de 5.000 vidas e desalojou mais de um milhão de pessoas. Quando o grupo insurgente Seleka tomou o poder, em um golpe de Estado sangrento, os rebeldes foram mandados às florestas tropicais do país. Ali, fizeram acordos lucrativos com empresas madeireiras que ajudaram a financiar uma campanha feroz de violência contra a população do país.
Um vídeo da ONG Global Witness, que visitou muitas comunidades diretamente impactadas pela indústria madeireira na RDC, mostra a realidade concreta dessas concessões. Em grande parte, a história se repetiu. As comunidades não tiveram efeitos positivos desde que as empresas madeireiras começaram a operar, os recursos de que elas dependem se tornaram escassos e os rios estão secando, enquanto as promessas de projetos de desenvolvimento e de emprego desapareceram. “Nós não temos voz.
Centenas de pessoas são detidas na Indonésia por ter reivindicado direitos sobre suas terras, florestas e outros recursos ao resistir ao despejo e à concentração de terras. A realidade é que a Lei Florestal sobre Prevenção e Erradicação da Destruição Florestal, aparentemente destinada a proteger as florestas do crime organizado e da extração ilegal de madeira, está sendo usada para criminalizar povos indígenas e comunidades locais.
Os protestos contra o estabelecimento da planta de aço da Posco no distrito de Jagatsinghpur, em Odisha, Índia, devem continuar até a multinacional se retirar da área. Uma atualização feita pelo porta-voz do movimento local revela que a criminalização dos envolvidos na resistência ainda é extrema, com mais de duas mil pessoas enfrentando acusações judiciais. A declaração denuncia que “muitos moradores não podem sair, mesmo quando há uma emergência médica, por medo de ser presos”.
Apesar do crescente reconhecimento internacional do papel das florestas na soberania alimentar das populações que dependem delas, grandes quantidades de plantas medicinais e altamente nutritivas estão desaparecendo devido ao desmatamento. É o que acontece no Benin, onde 12% dos domicílios perderam a soberania alimentar, 38% das plantas medicinais desapareceram e a desnutrição predomina.
Desde 2004, através da Redmanglar Internacional – que reúne comunidades, organizações, acadêmicos, cientistas e ativistas preocupados com a defesa dos manguezais – todos os dias 26 de julho, eles são celebrados, relembrando sua importância como fonte de vida, proteção e apoio a cidades e comunidades costeiras, bem como sua identidade como território, tradição e cultura.
La construction de trois méga-barrages en Malaisie a entraîné le déplacement de dizaines de milliers de personnes et les a obligées à rejoindre des zones de réinstallation. Une superbe vidéo du Projet Bornéo montre une terrible réalité, où les projets actuels de construction de douze barrages supplémentaires dans la région du Sarawak vont entraîner le déplacement de plusieurs milliers d’autres personnes.